Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2017
O campo de Ashti, na cidade de Erbil, no Norte do Iraque, comemorou nesse sábado a volta de uma menina sequestrada há três anos por extremistas da facção terrorista EI (Estado Islâmico) e causou profunda comoção na comunidade cristã à qual ela pertence.
A alegria enchia o barracão pré-fabricado que agora é o local de moradia da família de Christina Ezzo Abada, de 6 anos. Há três anos, a família de Ezzo Obada teve que fugir da cidade de Qaraqosh, localizada entre as cidades de Erbil e Mossul, diante do rápido avanço do grupo extremista Estado Islâmico.
Estavam em um ônibus com outras pessoas que também fugiam, quando combatentes extremistas levaram sua filha, em agosto de 2014. Mais de cinco meses após ser raptada pelo Estado Islâmico, Aida Nuh –mãe de Christina– ouviu alguns conhecidos dizerem que sua filha estava com uma família de 12 pessoas no bairro de Tenek, a oeste de Mossul. As forças iraquianas reconquistaram toda a parte oriental de Mossul no início de 2017 e, desde fevereiro, combatem os extremistas na parte oeste da cidade. A família com a qual Christina estava fugiu de Mossul recentemente.
Na quinta-feira à noite, Elías, o irmão mais velho da menina, atendeu a uma chamada telefônica na qual pediam que fossem buscar sua irmã em um determinado ponto da cidade. A família disse-lhes que havia encontrado a menina há dois anos, sozinha e chorando, em frente a uma mesquita.
“Ver a minha filha é um milagre”, conta Aida. “Fiquei assustada [ao vê-la], porque mudou muito, não a reconheci”. A mãe de Christina disse que tinha recebido informações sobre sua filha algumas vezes, porém nunca conseguiu falar diretamente com ela.