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Mundo A morte de uma criança baleada por um menino de 11 anos chocou os americanos

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Makayla Dyer estava brincando na rua com outras crianças quando o suspeito pegou uma arma do pai dentro de casa e, da janela, atirou. (Foto: Reprodução)

No rastro da comoção nacional após mais uma chacina em uma faculdade nos Estados Unidos, outro caso, envolvendo a morte de uma criança baleada por um menino de 11 anos, reforçou o debate sobre o controle de armas, em um cenário em que tiroteios com múltiplas vítimas são rotineiros no país. Dados compilados pelo site Mass Shooting Tracker revelam números alarmantes: há um tiroteio em massa – definido como quatro ou mais pessoas baleadas em um incidente – quase todos os dias. Em 1.004 dias até 2 de outubro, foram 994 casos, que deixaram 1.260 mortos e mais de três mil feridos. Apenas este ano, houve 32 crimes do tipo com pelo menos quatro mortos.

Com pouco mais de dois mil habitantes, a pequena cidade de White Pine, no Tennessee, foi o palco de mais uma tragédia com arma há poucos dias. Um garoto matou a tiros uma vizinha de 8 anos com uma escopeta motivado por um simples desentendimento entre crianças: ela não quis lhe mostrar seu cachorro de estimação, segundo as autoridades. A jovem vítima foi identificada como Maykayla Dyer, que cursava o terceiro ano do Ensino Fundamental na White Pine Elementary School. O menino, que está sob custódia desde segunda-feira e não teve seu nome revelado, estudava na mesma escola, mas já estava no quinto ano. Ele foi acusado de assassinato em primeiro grau, que no Tennesse pode ser homicídio doloso (com intenção de matar) ou crime violento que resulte em morte. “É uma situação muito triste”, disse o xerife G. W. McCoig.

Após ter seu pedido rejeitado pela coleguinha, o menino buscou a escopeta do pai e atirou no peito dela pela janela do trailer onde mora. Logo depois, arremessou a arma para o lado de fora na direção da menina, relatou McCoig. Não há informações de que o garoto sofresse de problemas mentais, mas o Departamento de Serviços à Criança está investigando a possibilidade.

Segundo William Hartung, diretor do projeto de Segurança e Armas do Centro de Política Internacional, nos EUA, somente leis mais rigorosas podem evitar incidentes como esse. “Há um excesso de armas de propriedade de adultos nos EUA, que acabam caindo nas mãos de crianças. Não há dúvida de que a situação está fora de controle. Mais pessoas morrem de violência armada a cada ano no país do que em qualquer guerra recente travada pelos EUA”, disse.

Ter antecedentes criminais e problemas de saúde mental documentados não impediram que pelo menos oito dos responsáveis por 14 tiroteios em massa recentes comprassem armas, conforme o jornal The New York Times.
O veículo cita casos como o último massacre nos EUA, no qual um jovem de 26 anos matou nove pessoas e feriu outras nove na faculdade comunitária de Umpqua Community College, em Roseburg, em Oregon. Mesmo tendo se formado em um centro para alunos com dificuldades de aprendizagem e problemas emocionais, Christopher Harper-Mercer, de 26 anos, tinha 14 armas de fogo em casa, todas compradas legalmente.

Nesta semana, outros detalhes começaram a surgir sobre o atirador. Antes do ataque, Mercer deixou um manifesto no qual se queixou de não ter namorada e se disse uma pessoa sã. Depois dos disparos, ele se matou com um tiro na cabeça durante um tiroteio com a polícia.

No texto de duas páginas, o atirador escreveu algo como: “Os outros podem pensar que sou louco, mas não sou”. Segundo sua mãe, Laurel Harper, no entanto, ele sofria de problemas mentais. Laurel expressou na internet o orgulho pelo conhecimento de Mercer sobre armas. Ela também falava sobre as dificuldades de criar um filho que sofria um tipo de autismo. Os dois treinavam tiros juntos.

Os recentes tiroteios colocaram o controle de armas novamente no centro do debate nacional. O presidente Barack Obama afirmou que a resposta à violência armada “tornou-se rotina” e que não pararia de falar a cada nova tragédia, fazendo um novo apelo por mudança nas leis.

O maior obstáculo é a NRA (Associação Nacional de Rifles), que se mobiliza para derrotar políticos que defendem o controle de armas e é altamente determinada, com muitos membros ativos e dedicados a esse esforço – disse Hartung. (AG)

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https://www.osul.com.br/menino-de-11-anos-e-preso-apos-matar-a-vizinha-de-oito-anos-nos-estados-unidos/ A morte de uma criança baleada por um menino de 11 anos chocou os americanos 2015-10-09
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