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Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2015
As previsões do mercado financeiro para o nível de atividade da economia brasileira para 2015 e 2016 recuaram, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (21) pelo BC (Banco Central). Para o comportamento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015, os analistas passaram a estimar uma retração de 2,7%. Foi a décima queda seguida desse indicador. Até então, a expectativa do mercado era de um recuo de 2,55%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990, quando foi registrada uma queda de 4,35%.
Para 2016, os economistas das instituições financeiras passaram projetar uma contração de 0,8% na economia do País – a sétima revisão para baixo seguida. Na semana anterior, os analistas haviam estimado uma retração de 0,60%. Para se ter uma ideia, no início de 2015, a previsão dos economistas era de uma expansão de 1,8% no ano que vem. Se a previsão se concretizar, será a primeira vez na história que o País registrará dois anos seguidos de contração na economia.
Inflação
A estimativa dos economistas dos bancos é de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechará 2015 em 9,34% – na semana anterior, a taxa esperada era de 9,28%. Se confirmada, representará o maior índice em 12 anos, ou seja, desde 2003, quando somou 9,30%. Para 2016, os economistas das instituições financeiras elevaram sua expectativa de inflação de 5,64% para 5,70%, a sétima alta seguida do indicador.
Taxa de juros
Após o BC ter mantido os juros estáveis em 14,25% ao ano no começo de setembro, o maior patamar em nove anos, o mercado manteve a estimativa de que não devem ocorrer novos aumentos da Selic em 2015. Para o fim de 2016, a previsão subiu de 12% para 12,25% ao ano.