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Por Redação O Sul | 31 de agosto de 2015
Os economistas do mercado financeiro baixaram sua estimativa de inflação para este ano e estimaram uma contração maior do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 e 2016, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo BC (Banco Central) nesta segunda-feira (31).
Para a inflação oficial do País, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a previsão do mercado recuou para 9,28%, contra 9,29% na semana anterior. Foi a segunda queda consecutiva desse indicador. Mesmo com a queda na previsão de inflação para este ano, se confirmado o resultado, será o maior índice desde 2003 – quando chegou a 9,30%. Para 2016, porém, os economistas elevaram sua expectativa de inflação de 5,50% para 5,51%, a quarta alta seguida. Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
PIB
Para o comportamento da economia neste ano, os analistas passaram a estimar uma retração de 2,26%, a sétima queda seguida do PIB. Até então, a expectativa do mercado era de um recuo de 2,06% no PIB em 2015. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990, quando foi registrada uma queda de 4,35%.
Para 2016, os economistas das instituições financeiras passaram a prever uma contração de 0,40% no PIB. Na semana anterior, haviam estimado uma retração de 0,24% para a economia no próximo ano. Para se ter uma ideia, no início deste ano, a previsão dos economistas era de uma expansão de 1,8% para a economia brasileira no ano que vem.
Se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o País registrará dois anos seguidos de contração na economia. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia.