Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2016
Em reação a uma nota divulgada pelo presidente do BC (Banco Central), Alexandre Tombini, na véspera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), o mercado começou a reavaliar sua posição e passou a apostar em uma alta de juros de 0,25 e não de 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira. Alguns economistas chegam a prever a possibilidade de a Selic (a taxa básica de juros) ficar inalterada nos 14,25% ao ano.
Quebrando uma tradição de não se manifestar publicamente às vésperas das reuniões do Comitê, o BC afirmou, em comunicado, na terça-feira avaliar como “significativas” as revisões das projeções sobre a economia brasileira feitas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para 2016 e 2017. No relatório Panorama Econômico Global, o FMI revisou a previsão para o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro de -1,0% para -3,5% em 2016 e de 2,3% para 0% em 2017.
Em seu comentário sobre as projeções, Tombini afirmou ainda que “todas as informações econômicas relevantes e disponíveis até a reunião do Copom são consideradas nas decisões do colegiado”. Segundo analistas, a nota, um dia antes de o BC definir a nova taxa de juros, foi para corrigir as expectativas do mercado, que apontavam para um aumento de 0,50 ponto percentual. (Folhapress)