Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2019
Outubro marca o mês de conscientização sobre a prevenção da obesidade no Brasil. Conforme dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, estimando-se que 30% da população mundial já esteja com sobrepeso.
As projeções indicam que, até 2025, cerca de 2,3 bilhões dos adultos estarão na condição de sobrepeso e mais de 700 milhões serão obesos.
Rio Grande do Sul
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE de 2015, os gaúchos estão mais obesos do que o restante dos brasileiros. A prevalência de pessoas obesas no RS é 2,8 % superior à do restante do País. Os dados do IBGE apontam que 63,3% da população do Estado enfrenta o excesso de peso, enquanto a média nacional é de 56,9%.
Já de acordo com dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, realizada em 2017 pelo Ministério da Saúde, 19% dos habitantes de Porto Alegre estão obesos e 55,1% possuem excesso de peso.
“São diversos fatores que podem explicar o índice mais alto no Rio Grande do Sul. Mas, entre esses fatores, podemos considerar a cultura alimentar de nosso Estado, baseada, em grande parte em carnes e carboidratos. As baixas temperaturas enfrentadas pelos gaúchos em boa parte do ano também demandam mais energia, e isso acaba incentivando o consumo de alimentos mais calóricos”, afirma Paula Peretti de Freitas, nutricionista do Programa de Tratamento Clínico e Cirúrgico da Obesidade Severa do CCG.
Prevenção e tratamentos
A principal forma de prevenção da obesidade está relacionada com o estilo de vida e hábitos de alimentação de cada indivíduo, reforça a nutricionista. “A mudança do estilo de vida, que compreende a reeducação alimentar e prática de atividade física, é a principal forma de prevenção e tratamento do sobrepeso e obesidade. O tratamento deve contar com orientação dietoterápica, acompanhado por nutricionista, com a prática de atividades físicas orientadas por profissionais, além do acompanhamento psicológico, junto a psicólogos ou psiquiatras”, afirma Freitas.
No entanto, para os casos em que a mudança no estilo de vida se mostra ineficiente, a cirurgia bariátrica pode ser um método efetivo para o tratamento da obesidade severa. “Contudo, por se tratar de uma cirurgia de grande porte, com riscos cirúrgicos associados, deve ser indicada por médicos especialistas e de forma criteriosa, em casos bem selecionados e adequadamente acompanhados por equipe multidisciplinar”, completa.