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Brasil A metade dos brasileiros consegue ocupação melhor que a dos pais, mas o avanço é limitado. Na educação, quase 69% progridem, disse o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE

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Dados fazem parte de estudo sobre mobilidade sócio-ocupacional. (Foto: Reprodução)

Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que filhos brancos têm 2,3 vezes mais chances que os pretos e pardos de alcançar longa ascensão profissional em relação aos pais no Brasil. Os dados são de 2014 e fazem parte do Suplemento de Mobilidade Sócio-Ocupacional da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

Para realizar a análise, que segundo o IBGE permite avaliar as condições de igualdade de oportunidades e de meritocracia nas hierarquias sociais, foram separados em seis estratos os principais grupamentos ocupacionais.

Constatou-se que 50% dos filhos, indiferente de cor ou raça, ascendem socioeconomicamente em relação aos pais, enquanto 17% migram para estratos abaixo dos genitores. Os outros 33% permanecem imóveis, ou seja, se mantêm no mesmo estrato que os pais.

A maior mobilidade, segundo o IBGE, foi observada nos estratos da base da pirâmide sócio-ocupacional. O estrato F, no qual estão inseridas as ocupações agrícolas, diminuiu em 27 pontos percentuais quando se comparou a ocupação dos filhos em relação aos pais que nela se encontravam. Já o estrato E, que agrupa os trabalhadores em serviços diversos, como domésticos e vendedores, obteve o maior aumento em pontos percentuais (15,4 p.p.).

Ao avaliar a distância em que os filhos ascenderam de estrato em relação aos pais, o IBGE constatou que 51,7% da ascensão ocorreu para os extratos E e D. O estrato A, que agrupa dirigentes de empresas e profissionais das ciências e das artes e que engloba os maiores rendimentos em relação aos demais estratos, foi o que apresentou o maior percentual de imobilidade, ou seja, foi o menor estrato alcançado por filhos cuja origem era de pais nos estratos da base da pirâmide.

A mobilidade sócio-ocupacional apresentou, ainda, diferenças na análise entre homens e mulheres. Em suma, um terço do total de mulheres que ascendeu em relação aos pais migrou do estrato F para o E, enquanto um terço dos homens que obtiveram ascensão migraram para o estrato D.

Ao se analisar as diferenças da mobilidade ocupacional por cor ou raça, o IBGE constatou que os filhos brancos têm 2,3 vezes mais chances de longa ascensão, ou seja, de migrar dos estratos mais baixos da pirâmide para o mais alto, que os filhos pretos e pardos.

Ao se comparar as chances de migração dos estratos mais baixos para o B, no entanto, as chances dos brancos era 1,5 vezes maior que a dos pretos e pardos.

Mobilidade educacional

A pesquisa mostrou que, ao contrário do observado na análise de migração ocupacional, o Brasil possui grande mobilidade educacional. Em resumo, 69% dos filhos alcançam nível de instrução superior ao dos pais.

Enquanto 34,3% dos pais não tinham instrução, apenas 7,8% dos filhos se mantiveram na mesma condição. Constatou-se, ainda, que a proporção de filhos com nível superior no País era 3,4 vezes maior que a dos pais.

A mobilidade educacional, de modo geral, foi observada 73,9% dos filhos, sendo que apenas 5% descenderam, ou seja, obtiveram nível de instrução inferior ao do genitor.

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