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Brasil A renda média de metade dos trabalhadores brasileiros é inferior a um salário mínimo

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Em 2030, as pessoas fora da idade habitual para trabalhar serão mais numerosas do que os potenciais trabalhadores. (Foto: Banco de Dados)

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que 50% dos trabalhadores brasileiros recebem por mês, em média, 15% a menos do que o salário mínimo.

O levantamento foi feito ao longo de 2016 por meio da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. No ano passado, o salário mínimo era de R$ 880. Dos 88,9 milhões de trabalhadores ocupados no período, 44,4 milhões recebiam, em média, R$ 747 por mês.

A lei brasileira prevê um salário mínimo para os trabalhadores com carteira assinada. O rendimento abaixo desse valor é possível entre a população com emprego informal e os trabalhadores por conta própria, como vendedores ambulantes e donos de pequenos negócios.

Do total de trabalhadores, 4,4 milhões (5%) recebiam, em média, apenas R$ 73 mensais. Já 889 mil (1%) recebiam, em média, R$ 27 mil. “Isso significa que aqueles com maiores rendimentos recebiam 360 vezes mais que os com menores rendimentos”, enfatizou a pesquisadora.

A soma dos rendimentos recebidos por todos os brasileiros em 2016 foi de R$ 255 bilhões por mês, em média. Desse valor, 43,4% estava concentrado nas mãos de 10% da população do País. Já a parcela dos 10% das pessoas com os menores rendimentos detinha apenas 0,8% da massa.

A análise regional mostrou que a Região Sudeste concentrou R$ 132,7 bilhões da massa de rendimento do Brasil, superior à soma das demais regiões. As regiões Sul (R$ 43,5 bilhões) e Nordeste (R$ 43,8 bilhões) produziram cerca de um terço da massa de rendimentos do Sudeste. Já as regiões Centro-Oeste (R$ 21,8 bilhões) e Norte (R$ 13,4 bilhões) produziram, respectivamente, 16,4% e 10,1% do Sudeste. “Aí a gente vê o tamanho da desigualdade econômica no País”, enfatizou Maria Lúcia.

O rendimento médio real domiciliar per capita foi de R$ 1,2 mil por mês em 2016. Nas regiões Norte e Nordeste, a média foi de R$ 772. A maior média foi observada no Sudeste, com R$ 1,5 mil. Com isso, o índice de Gini – que calcula o nível de desigualdade de renda em um país – do rendimento domiciliar per capita para o Brasil naquele ano foi estimado em 0,549. O Sul do Brasil apresentou o menor índice, de 0,473, e o Sudeste o maior, de 0,535. O índice de Gini vai de 0 (perfeita igualdade) a 1 (desigualdade máxima).

Para a gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, o levantamento enfatiza a necessidade do Brasil combater as desigualdades sociais e econômicas a fim de alavancar seu desenvolvimento.

Fontes de rendimento

Dos 205,5 milhões de habitantes do Brasil, 124,4 milhões (60,5%) possuíam algum tipo de renda em 2016, segundo o IBGE. A maior parcela do rendimento da população provém da remuneração pelo trabalho, conforme a pesquisa.

Segundo o levantamento, 42,4% da população possuía rendimento de trabalho, ao passo que 24% possuía algum rendimento proveniente de outras fontes, como aposentadoria e benefícios sociais.

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https://www.osul.com.br/metade-dos-trabalhadores-brasileiros-tem-renda-menor-do-que-o-salario-minimo-aponta-o-ibge/ A renda média de metade dos trabalhadores brasileiros é inferior a um salário mínimo 2017-11-29
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