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Colunistas Metastese financeira

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

É difícil (não será impossível?) explicar, sobretudo, defender as taxas de juros estratosféricas (e não deixam de ser criminosas) que são praticadas em nosso País. Tentei entende-las lógicas, mas nem as explanações sofisticadas com que economistas titulados me brindaram não conseguiram espancar as minhas dúvidas. De verdade, apenas fizeram-me confirmar a compreensão do óbvio. Em síntese: o que eu não sabia, continuei sem saber justificar; o que eu já sabia, continuei sabendo.

De qualquer maneira, parto na tarefa, certamente inexitosa, de quem se proporia a oferecer ao povo a fórmula mágica com a qual ele entenderá os méritos (?) dessa agressiva “expropriação”, praticada de forma a fazer de muitos pobres, mais pobres, e de alguns ricos, mais ricos.

Esse “jurisdicidios econometristas” – vamos, nós também, inventar o incompreensível – tornou-se tão enredado em nossa vida, que chegamos a admitir que os banqueiros tenham o direito de se julgar íntimos de Deus, atribuindo-se-lhes até o direito de que, ante miséria e pobreza, com números assustadores em nossa população, não seja entendido como escárnio o “resultado” semestral ou anual dos Bancos que, oficialmente, nos fazem saber que os seus lucros andam na casa dos bilhões.

São juros que empurram pequenos e/ou grandes tomadores a trilhar via de mão única que leva, com maior ou menor velocidade, ao destino final da inadimplência. Os números bilionários DA BANCA são decorrência dessa “agiotagem” que se pratica, com total legalidade (e sem um pingo de ética e de legitimidade) num país em que somos “top ten” – se não somos medalha de ouro ainda temos chance de “conquista-la” – na injusta e abissal diferença na distribuição de renda brasileira.

Há quem poderia atribuir ao capitalismo clássico – que aqui é preponderantemente do Estado – a responsabilidade pelos macrojuros. É parte mas não a mais determinante dessa delinquência financeira. Basta fazer um giro por países capitalistas de verdade como Estados Unidos, Alemanha e Japão (em diferentes Continentes) para comprovar o que se disse: neles os juros não chegam a 2% (dois por cento ao ano) e, seguramente, os banqueiros de la NÃO SÃO BOBOS!

Entre nós – e quem explica é um megaempresário – Mister Forbes – que insiste em separar o capitalismo clássico (sem o qual não há investidores e empreendedores e, mais do que isso, criação de empresas que geram empregos) do capitalismo selvagem (despreocupado com o equilíbrio socioeconômico da sociedade) que atua segundo estratégias, não de contribuir para um mundo produtivo, onde haja lugar para todos, mas para um Mundo predatório onde é elogiável destruir o concorrente, sem lembrar que, com essa filosofia, certamente, em breve, o concorrente será você.

O que não se pode deixar de referir, nessa tragédia brasileira, é a presença determinante do Estado. No processo de agudização do déficit das contas públicas (vale para o Brasil, para o Rio, para nós gaúchos e para muitos mais) chegou-se ao caos.

Gastou-se o que não se tinha, esperando o milagre da multiplicação dos pães, sem ter o pão inicial e sem o Divino disponível.

Por outro lado, a impunidade gerou um estímulo permanente à corrupção – deteriorando de vez o déficit oficial – enquanto, cumprindo esse “script” do Estado (país, na ideia teórica de que é de todos e não é de ninguém). Aumentava-se o déficit governamental, tomando-se milionários empréstimo com os bancos. Entrou o Poder Público na ciranda do empréstimo – cada vez maior – para pagar novo empréstimo e dever mais, ficou encalacrado, à mercê dos bancos que, obviamente, fizeram-no elevar-se ao podium de seu maior devedor. Juros crescentes que contaminam, numa verdadeira METASTESE FINANCEIRA, esse SER muito enfermo que é o nosso País.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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