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Política Fogo e fumaça na Esplanada dos Ministérios e troca de empurrões no plenário da Câmara dos Deputados

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A manifestação na Esplanada dos Ministérios estava prevista como pacífica. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Ao menos sete pessoas foram detidas nessa quarta-feira na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, por suspeita de dano ao patrimônio público, porte ilegal de arma e desacato, durante os protestos contra o presidente Michel Temer. Até as 19h, havia o registro de pelo menos 49 feridos, entre manifestantes e policiais militares. Em Porto Alegre, também houve manifestações contra Temer e pedidos de eleição direta para presidente da República.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que Temer determinou a convocação de tropas federais para garantir “a lei e a ordem” na Esplanada. “O senhor presidente decretou, por solicitação do presidente da Câmara, a ação de garantia da lei e da ordem e, nesse instante, tropas federais se encontram neste palácio [do Planalto], no Palácio do Itamaraty e logo mais estarão chegando tropas para assegurar que os prédios dos ministérios sejam mantidos incólumes”, anunciou o ministro da Defesa.

Ele acrescentou que a manifestação na Esplanada estava prevista como pacífica, mas “degringolou na violência, no vandalismo, no desrespeito, na agressão ao patrimônio público e na ameaça às pessoas”. Após o pronunciamento, Jungmann saiu sem responder às perguntas dos jornalistas.

Depredação

O protesto contra o governo Michel Temer acabou em confronto em Brasília durante a tarde. Com bombas de efeito moral, a Polícia Militar do Distrito Federal afastou os manifestantes, que também protestavam contra as reformas trabalhista, da Previdência e cobravam a renúncia do presidente. Por sua vez, um grupo de manifestantes depredou pelo menos cinco ministérios, entre eles o da Integração Nacional, o do Trabalho e o da Agricultura. Os ministérios do Planejamento, da Cultura e da Agricultura também foram alvo de incêndios.

Também foram depredados paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões, holofotes que iluminam os letreiros dos ministérios e até banheiros químicos que haviam sido instalados para a manifestação.

Em frente ao Ministério do Planejamento, no Bloco C da Esplanada dos Ministérios, o grupo de manifestantes ateou fogo em um orelhão e em cerca de 10 bicicletas de uso compartilhado.

Do outro lado da Esplanada, um manifestante quebrou a vidraça do comitê de imprensa do Ministério da Fazenda. Os manifestantes corriam para se afastar da área em frente ao Congresso Nacional, onde as forças de segurança jogavam bombas de efeito moral. Ao passar pelo edifício do ministério, um deles atingiu a vidraça com o cabo de uma bandeira.

Mesmo com o vidro quebrado, os manifestantes não conseguiram entrar no prédio, já que havia grades de segurança na janela. Na sequência da ação, membros da Força Nacional de Segurança Pública formaram um paredão e permanecem na lateral do prédio. Os funcionários do Ministério da Fazenda foram obrigados a evacuar o local.

Segundo o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que participava do ato, um pequeno grupo de aproximadamente 20 manifestantes atirou pedras em direção à polícia, que revidou com dezenas de bombas de efeito moral. “O pessoal da organização pediu para que as pessoas se afastassem da grade, aí a polícia começou a atirar bombas. Parece guerra de território. Isso não é polícia de segurança pública no sentido da palavra, policial que deveria primar pela racionalidade e pela serenidade para garantir o ato.”

Convocada pelas centrais sindicais, a marcha Ocupa Brasília começou no estacionamento do Estádio Mané Garrincha. A caminhada teve início no começo da tarde até a chegada à Esplanada dos Ministérios. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, o ato reuniu cerca de 35 mil pessoas. Os organizadores calculam em 100 mil o número de participantes.

No fim da manhã, houve um princípio de tumulto entre manifestantes e policiais quando um grupo conseguiu furar a barreira que organizava a revista dos participantes. Foram usados spray de pimenta e bombas de efeito moral para conter os manifestantes. Instantes depois, a barreira voltou a ser formada.

O esquema de segurança reumiu 1,5 mil profissionais, sendo 1,4 mil agentes da Polícia Militar e 100 policiais civis. As corporações também contaram com a atuação do Corpo de Bombeiros.

 

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https://www.osul.com.br/michel-temer-acionou-o-exercito-brasileiro-apos-manifestantes-terem-depredado-e-colocado-fogo-em-ministerios/ Fogo e fumaça na Esplanada dos Ministérios e troca de empurrões no plenário da Câmara dos Deputados 2017-05-24
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