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| Michel Temer editou a medida provisória para “comprar” os dias de folga de servidores da Polícia Rodoviária Federal

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Balanço da PRF foi divulgado nesta segunda-feira. (Foto: Reprodução)

Diante da crise com a paralisação dos caminhoneiros, o presidente Michel Temer assinou medida provisória, publicada em edição extra do Diário Oficial, na quarta-feira, para instituir o pagamento de uma indenização a policiais rodoviários federais que, de forma voluntária, deixarem de folgar para seguir na escala de trabalho.

A medida prevê o pagamento de R$ 420 por seis horas de trabalho durante o período de folga, ou de R$ 900 pelo período de 12 horas trabalhadas. Temer reforçou, também, que um ato será publicado pelo ministério da Segurança Pública para regulamentar as regras para os pagamentos das horas extras.

Temer reforçou, também, que o valor que será pago não sofrerá com a incidência de Imposto de Renda e sobre a contribuição ao Regime Próprio de Previdência dos servidores federais. Como serão de caráter indenizatórios, os pagamentos não serão abatidos pelo limite remuneratório no serviço público.

De acordo com o quadro estatístico de pessoal do serviço público federal, o país possui 10.097 policiais rodoviários federais em atividade. Do total de 18.177, 5.941 já se aposentaram. As pensão somam 2.104. Outros 34 servidores estão cedidos a outros entes da administração.

Caminhoneiros em Brasília

Em um último movimento para tentar ressuscitar a paralisação dos caminhoneiros, o grupo liderado pelo motorista Wallace Landim, o “Chorão”, de Catalão (GO), quer reunir manifestantes em Brasília no domingo para avaliar se tem condições de uma nova paralisação.

Em vídeos replicados em aplicativos de celular, “Chorão” pede que os motoristas se desloquem até o estádio Mané Garrincha, na capital federal. “A concentração vai ser domingo no [estádio] Mané Garrincha para segunda-feira a gente conseguir montar uma comissão, com um representante de cada estado, para a gente pleitear uma conversa com o governo”, disse “Chorão” em um vídeo gravado nesta sexta-feira.

“Segunda-feira, se não tiver uma conversa com o governo, nós, toda a categoria, vamos decidir o que vai ser. Se toda a categoria decidir que segunda-feira à zero hora para terça, a gente paralisa, a gente vai paralisar de novo.”

Quando esteve em Brasília, na semana passada, “Chorão” não conseguiu manter audiências com integrantes do palácio do Planalto, que dessa forma procuram não reconhecer formalmente sua liderança, esvaziando seu papel na paralisação.

A liderança de “Chorão” também passou a ser questionada por vários caminhoneiros depois que ele pediu, em um vídeo na quarta-feira (30), o fim dos protestos e bloqueios nas estradas.

O caminhoneiro Edson Alves da Silva, 40, chegou ao estádio na tarde da quinta-feira. Ele participa de vários grupos de aplicativos de celular e disse ter 1,5 mil colegas caminhoneiros como amigos em uma rede social. “Recebi a informação de vários grupos de que era para vir para Brasília, por isso eu vim. Virá mais gente com certeza.”

Silva também tinha entregas de embalagens plásticas para fazer Distrito Federal. Ele é de Timbó (SC) e está há 15 dias na estrada. Até a quarta-feira passada (30) participava de um bloqueio com cerca de 300 caminhões na rodovia BR-153, próximo a Aparecida de Goiânia (GO), que segundo ele foi dispersado “pelo Exército na base da pancada”.

Caminhoneiro há 12 anos, Silva disse que trabalha na estrada, em média, 25 dias por mês. Quando tem muita demanda, segundo ele, consegue salvar cerca de R$ 100 por dia no máximo, devido aos altos custos do combustível e da manutenção do veículo. A renda também é usada para a criação de suas duas filhas.

O motorista diz que a concentração em Brasília terá como pautas a redução do valor dos combustíveis, incluindo gasolina e gás de cozinha, a instituição de uma tabela nacional de fretes e a redução do valor dos pedágios nas rodovias. Silva reconheceu que a adesão ao movimento caiu bastante.

“Nós estamos nos últimos suspiros”, disse Silva. Ele atribui o fim da paralisação a três fatores: a falta de apoio da população, “que foi abastecer seus carros”, a “mídia, que em nenhum momento defendeu a gente”, e a mistura dos caminhoneiros com outros grupos de manifestantes, que passaram a defender “intervenção militar”, eufemismo para golpe militar.

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https://www.osul.com.br/michel-temer-editou-a-medida-provisoria-para-comprar-dias-de-folga-de-servidores-da-policia-rodoviaria-federal/ Michel Temer editou a medida provisória para “comprar” os dias de folga de servidores da Polícia Rodoviária Federal 2018-06-01
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