Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2017
No dia seguinte à reportagem do Jornal O Globo que revelou que o presidente Michel Temer deu aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha, Temer disse ser vítima de “conspiração”, que está “firme” e que não vai renunciar.
Nesta quinta-feira (18), o peemedebista recebeu parlamentares do Acre pontualmente às 8h, seguindo a agenda oficial. Assim que tiver acesso às gravações com conversas com o empresário Joesley Batista, Temer prometeu ainda gravar um depoimento em cadeia nacional de rádio e televisão.
“O presidente disse várias vezes que isso é uma conspiração. Ele estava muito firme e lamentou muito toda a situação. Disse que está firme e que não vai renunciar, não vai cair”, declarou o senador Sérgio Petecão (PSD-AC).
Também estava na audiência, marcada há cerca de um mês, o deputado Flaviano Melo (PMDB-AC). Os dois pediram que Temer ajude na liberação de verbas para obras e segurança pública no Acre. Segundo Petecão, não havia ministros com Temer na primeira reunião da agenda oficial nesta quinta-feira, que durou 45 minutos. Os demais compromissos oficiais de hoje foram cancelados pelo presidente da República.
O próprio Temer teria puxado o assunto com os parlamentares do Acre. Segundo Petecão, o presidente não falou do senador Aécio Neves. O jornal também mostrou que foi gravado pedindo dinheiro para o empresário Joesley Batista, dono da JBS, em delação. Michel Temer estaria com expressão “tranquila”.
“O presidente lamentou. Disse que o País e as reformas estavam indo tão bem. Temer afirmou que já pediu esses supostos áudios e vídeos, e assim que conseguir, vai fazer um pronunciamento à rádio e TV nacionais”, contou Petecão, que prestou “solidariedade” a Temer, e até pediu desculpas pela reunião logo cedo, nesta quinta-feira. Ele também diz que pensou que o encontro seria desmarcado. (AG)