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Política Michel Temer pediu para o ministro da Justiça não esticar a corda. O pedido foi feito após a fala de Torquarto Jardim sobre a polícia do Rio

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As afirmações feitas pelo titular da Justiça na segunda-feira – durante café com jornalistas, em seu gabinete – provocaram mal-estar no Palácio do Planalto. (Foto: Reprodução)

O presidente Michel Temer pediu ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, que não estique mais a corda com o governo do Rio. Em conversa por telefone com Torquato na quarta-feira,  Temer recomendou a ele que espere a poeira baixar e silencie sobre críticas do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

As afirmações feitas pelo titular da Justiça na segunda-feira – durante café com jornalistas, em seu gabinete – provocaram mal-estar no Palácio do Planalto. A maior preocupação de Temer, agora, é com a revolta de Maia, que disse esperar uma posição oficial do governo sobre o episódio.

Temer depende de Maia para aprovar projetos de lei no plenário. Ao comprar uma briga com o Rio, Torquato se desgastou com o homem que o Planalto só quer agradar. É um embate com desfecho imprevisível, principalmente quando a reforma ministerial entrar em cena.
“Só na Rocinha, há receita semanal de R$ 10 milhões pelo crime organizado, pelo gato de Netflix, gato de TV a cabo, gato de energia elétrica, o controle da distribuição do botijão de gás pelo crime organizado. E isso só é possível com cobertura ilegal de autoridades policiais. Ninguém faz um comércio desse tamanho em área tão pequena fora dos olhos da polícia”,  denunciou Jardim.
“É preciso que os comandos militares sejam reflexo do mérito da carreira de cada um, não suas conexões políticas. Hoje, você tem fora da Polícia Militar do Rio 2.043 militares. Isso não é possível. Isso é mais que um batalhão. Dois mil fora da polícia significam 500 policiais a menos nas ruas do Rio de Janeiro por dia, considerado o sistema de revezamento e plantão. Essa é a zanga cívica que o carioca sente, que o carioca fala. Eu não falei nada de novo. O que eu falei o Rio de Janeiro está sabendo há muito tempo”, afirmou.

O ministro lembrou que as ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro foram dificultadas por vazamentos de informações por parte de agentes públicos do estado. Houve casos, disse ele, em que informações sobre operações vazaram e resultavam em baixo rendimento, o que resultou críticas: “Isso é um incidente já superado de uma declaração infeliz de autoridades estaduais dizendo que a presença das forças armadas, das forças civis federais, não tinha a relevância que se imaginava etc. e tal. Isso aí realmente aconteceu. Foi uma surpresa para todos nós, mas já está superado. As informações confidenciais de planejamento estavam vazando. Eu espero que já não esteja vazando mais. Se não fosse de conhecimento da linha de comando superior, não aconteceria na linha de comando inferior”.

O governador Luiz Fernando Pezão rebateu nesta terça-feira as afirmações feitas pelo ministro da Justiça sobre a crise da segurança do Rio. Em nota, Pezão disse que “o governo do estado e o comando da Polícia Militar não negociam com criminosos”, e defendeu o comandanta de PM, coronel Wolney Dias, a quem chamou de “um profissional íntegro”. Na nota, o governador destaca ainda que o ministro nunca o procurou para tratar do assunto abordado.

tags: polícia

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https://www.osul.com.br/michel-temer-pede-para-ministro-nao-esticar-corda-o-pedido-foi-feito-apos-fala-de-torquarto-jardim-sobre-policia-do-rio/ Michel Temer pediu para o ministro da Justiça não esticar a corda. O pedido foi feito após a fala de Torquarto Jardim sobre a polícia do Rio 2017-11-02
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