Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de abril de 2017
O presidente Michel Temer disse em uma entrevista à Agência Efe que quer ser lembrado como “alguém que reformulou o País” após a crise e “permitiu que os novos governos encontrem um país mais tranquilizado”.
Em meio à aguda crise gerada pelos contínuos e graves escândalos de corrupção que sacodem o Brasil, Temer afirmou que seu principal objetivo é resgatar a economia brasileira da profunda recessão em que submergiu há dois anos, com uma receita que exige “duras”, “profundas” e impopulares reformas.
Com taxa de aprovação em pesquisas de opinião que não ultrapassa os 10%, o presidente disse que o reconhecimento da sociedade não é uma meta e que chegará com o tempo, se seu severo plano de reformas tiver sucesso e colocar o País “nos trilhos”.
Temer quis diferenciar sua gestão do que classificou como “atos populistas, que são atos irresponsáveis – porque eles produzem um bom efeito amanhã, mas um desastre depois de amanhã”, o que argumenta que foi o que “aconteceu no passado”, em uma clara referência aos governos anteriores de Luis Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
“Apanhei o Brasil numa recessão profunda, e nós estamos saindo da recessão com desemprego monumental”, declarou o mandatário, que assumiu a presidência no ano passado, depois que o Congresso destituiu do cargo, em função das chamadas “pedaladas fiscais”, Dilma, de quem era vice-presidente.
Segundo Temer, o tenso ambiente político do país e a crise de corrupção não vão afugentar os investidores, pois estes “sabem” que começaram a ser adotadas as medidas “necessárias” para criar um clima adequado para os negócios.
“A melhor marca do meu governo será colocar o País nos trilhos”, previu.