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Brasil Michel Temer sinalizou que o governo poderá permitir que os Estados renegociem dívidas contraídas junto ao BNDES para a realização de obras da Copa do Mundo

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O presidente interino Michel Temer (Foto: Beto Barata/PR)

O presidente interino Michel Temer sinalizou que o governo poderá permitir que os Estados renegociem dívidas contraídas junto ao BNDES para a realização de obras da Copa do Mundo. Os governadores que tomaram esses empréstimos chegaram a pedir sua inclusão no acordo de alongamento das dívidas estaduais com a União, fechado na segunda-feira no Palácio do Planalto, mas não foram atendidos.

Temer, no entanto, fez um aceno positivo durante uma entrevista concedida à rádio Jovem Pan: “Eu penso que logo poderei chamar os estados, especialmente aqueles onde se verificou a construção de estádios para a Copa do Mundo, para eventualmente renegociar”.

Dez dos 12 Estados que tiveram cidades-sede da Copa tomaram recursos do BNDES para reformar e construir estádios. Segundo dados da instituição, o total emprestado chegou a 3,3 bilhões de reais dentro do ProCopa Arenas. Rio de Janeiro, Pernambuco e Amazonas, por exemplo, receberam 400 milhões de reais cada um.

Segundo integrantes da área econômica, no entanto, a renegociação desses débitos não será tarefa fácil. A principal resistência vem do próprio BNDES, que não quer alongar dívidas para obras que ainda estão cercadas de problemas jurídicos. Muitos dos estádios da Copa de 2014 foram alvo de investigação e questionamento do Tribunal de Contas da União.

“O BNDES está firme nessa posição”, afirmou um integrante da área econômica. Outro problema está no fato de que, em alguns Estados, os empréstimos para as arenas da Copa foram tomados por entes privados. É o caso, por exemplo, de Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Os técnicos do governo acham pouco provável que se possa incluir em uma negociação com os governos estaduais operações que envolvem empresas privadas. O valor tomado junto ao BNDES nesses financiamentos, especificamente, chegou a 888 milhões de reais.

“Os técnicos do Tesouro utilizaram, especificamente, o exemplo do Itaquerão, em São Paulo, construído pelo Corinthians. O benefício jamais poderia ser estendido a esse tipo de obra. O alongamento teria de ser para alguns estádios, e isso geraria um desgaste muito grande”, afirmou um secretário de Fazenda ao jornal O Globo. No acordo selado com Temer no início desta semana, os Estados conseguiram alongar suas dívidas com a União por 20 anos, com seis meses de carência total. Financiamentos de cinco linhas do BNDES também entraram no acerto, mas nenhum relativo à Copa do Mundo. Os débitos com o banco de fomento foram alongados por dez anos, com quatro de carência. (Martha Beck, Bárbara Nascimento, Catarina Alencastro e Danilo Fariello/AG)

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