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Brasil Michel Temer demite oito ministros para ajudar em votação de denúncia na Câmara dos Deputados

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Ministro da Cidadania, Osmar Terra mantém-se firme no combate às drogas. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Confiante de que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), conseguirá colocar em votação na semana que vem a denúncia por obstrução da Justiça e formação de quadrilha, o presidente Michel Temer definiu em reunião na manhã dessa quinta-feira que os ministros que têm mandato de deputado federal serão exonerados nesta sexta-feira. O objetivo é fazer com que retornem ao Congresso Nacional para garantir um placar maior a favor do chefe do Executivo.

A medida não é inédita e foi tomada na primeira denúncia e em outras votações consideradas vitais para o governo. Segundo fontes que confirmaram a exoneração, os únicos ministros que continuarão no comando de suas pastas serão Ricardo Barros (Sáude) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social). Com isso, dos 12 ministros com mandato, oito serão exonerados, já que Raul Jugmann (Defesa) e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) já foram exonerados nesta quarta-feira, 18.

Serão exonerados amanhã: Marx Beltrão (Turismo), Mauricio Quintella (Transportes), Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Mendonça Filho (Educação), Zequinha Sarney (Meio Ambiente), Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Leonardo Picciani (Esportes). Além de poder articular a favor do presidente e garantir mais votos, a exoneração ficou agendada para amanhã por se tratar do último dia para que os deputados apresentem emendas individuais ao Orçamento de 2018.

Sem descuido

De acordo com interlocutores, Temer está tranquilo de que conseguirá derrubar a denúncia na semana que vem, mas tem salientado a auxiliares que não se pode descuidar da articulação. No Palácio do Planalto, o discurso de quem precisa de votos para tirar o presidente é a oposição voltou a circular.

Apesar de confiante o presidente tem lamentado o tempo perdido por conta de acusações que considera ineptas. A avaliação no Planalto é que, derrubada a segunda denúncia vai ficar mais claro que, independente das diversas tentativas do que consideram perseguição ao presidente, o mandato de Temer só acabará no dia 31 de dezembro do ano que vem.

A volta antecipada dos ministros, em especial a de Imbassahy, vai facilitar a negociação, junto à base aliada, da distribuição das emendas que caberá a cada parlamentar apresentar ao projeto do Orçamento de 2018.

Antecedentes

Quando Temer enfrentou a primeira denúncia, os ministros-deputados só foram exonerados no dia da votação no plenário da Câmara. Desta vez, a logística foi colocada em prática de forma diferente: eles retornam ao Parlamento quase uma semana antes do embate final, que deverá acontecer na próxima quarta-feira.

A distribuição dessas emendas para 2018 é especialmente importante por se tratar de ano eleitoral, no qual vários dos ministros e deputados devem concorrer a cargos eletivos. A promessa de obras, determinadas pela distribuição das emendas, “vale ouro” durante as campanhas, disse um assessor de Temer. O prazo para a apresentação de emendas individuais termina nesta sexta-feira.

Dos ministros com mandato de deputado federal, apenas Ricardo Barros (Saúde) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social) devem permanecer à frente de suas pastas. Outros ministros que comandam pastas com orçamento robusto, como Bruno Araújo, das Cidades, também terão papel importante na negociação.

A assessoria de imprensa do ministro Antonio Imbassahy divulgou uma nota, nesta quinta-feira, para afirmar ser “improcedente” a informação de que ele retornará à Câmara, nesta sexta-feira, para ajudar na distribuição das emendas de interesse de aliados de Temer. O ministro disse que a sua volta se dará porque amanhã é o prazo limite para apresentação de emendas individuais.

“Todos os deputados e senadores têm o direito de apresentar emendas ao Orçamento e o total de recursos que podem ser destinados é o mesmo para todos, indistintamente. Portanto, é improcedente a informação de que o seu retorno à Câmara dos Deputados seja para facilitar a distribuição dessas emendas junto à base aliada”, escreveu a assessoria de Imbassahy.

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