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Mundo Michelle Obama descarta concorrer à presidência dos Estados Unidos

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A ex-primeira-dama lançou um livro de memórias. (Foto: Reprodução/Instagram)

Michelle Obama não se deslumbra com os anos de anfitriã da Casa Branca. A ex-primeira-dama lançou um livro de memórias em que, entre revelações e análises da vida política e social dos Estados Unidos, descarta de uma vez por todas concorrer à Presidência. Com a eleição de Donald Trump em 2016, o nome da advogada que acompanhou o marido, Barack Obama, em oito anos de governo ganhou força para 2020.

Uma pesquisa recente da companhia SurveyMonkey estima que Michelle teria vantagem de 13 pontos sobre o atual presidente nas intenções de voto se a eleição fosse hoje. Na obra, intitulada “Becoming” (Tornando-me, em tradução livre) já traduzida para 31 idiomas, a ex-primeira-dama de 54 anos destaca que “nunca foi fã” da política e ressalta, logo no epílogo, que não quer se lançar a Washington.

“Porque me fazem essa pergunta frequentemente, eu digo muito claramente: não tenho qualquer intenção de me candidatar um dia à Presidência. Nunca fui fã da política, e a minha experiência dos últimos dez anos fez pouco para mudar isso”, escreve a democrata

Michelle argumenta que se incomoda com a “mesquinhez partidária”, resumida por ela na “segregação entre vermelhos e azuis” no país, que tira espaço para ouvir, firmar compromissos com o outro lado ou até, às vezes, “ser cortês” com os adversários.

“Eu realmente acredito que, na melhor das hipóteses, a política pode ser um meio de transformação positiva, mas essa arena (política) simplesmente não é para mim”, destaca.

Páginas do livro foram publicadas na terça-feira pelo diário “Le Monde”. Na obra, a ex-primeira-dama relembra os problemas com a fertilidade, que a causaram um aborto espontâneo e a necessidade de recorrer à fertilização in vitro para ter as duas filhas. Em entrevistas, Michelle destacou a importância de levar o assunto ao público para encorajar mulheres com questões semelhantes.

Em trecho do livro, ela destaca que as notícias atuais dos Estados Unidos “embrulham o estômago”, enquanto o legado do marido parece vulnerável às políticas nacionalistas de Trump.

“Tem sido difícil observar políticas políticas cuidadosamente construídas serem desmontadas, enquanto alienamos alguns dos nossos aliados mais próximos e deixamos vulneráveis membros da nossa sociedade desumanizados. Eu às vezes me pergunto onde é o fundo do poço”, ressalta a advogada.

Michelle recorda dia da eleição de Trump

Crítica do governo e da personalidade de Trump, Michelle reconheceu que, em princípio, não o levou a sério na campanha presidencial. Para ela, o magnata só queria atenção da mídia. “Nada sobre como ele agia”, segundo a democrata, indicava que de fato queria governar. Barack e Michelle passaram a noite das eleições de 2016 no cinema da Casa Branca. Foi quando as luzes se acenderam e o telefone do marido vibrou que os dois perceberam haver algo “errado” nos resultados da disputa entre o republicano e a correligionária Hillary Clinton, a começar pela vantagem do rival na Flórida.

“Não havia alarme em sua voz (de Barack), apenas uma semente de preocupação. O telefone tocou novamente. Meu coração começou a bater mais forte… Eu olhei o rosto do meu marido, sem saber se estava pronta para ouvir o que ele ia dizer. Independentemente do que fosse, não parecia bom”, recordou ela, que, ao saber da tendência de derrota democrata, foi direto dormir para “bloquear aquilo tudo”.

As filhas do casal, Malia, que estava na Bolívia, e Sasha, em Washington, ficaram “profundamente abaladas” com o resultado. Ainda assim, o casal decidiu se ater à tradição democrática e a seus valores para realizar a transição de governo ao rival sem rixas. Os dois receberam Donald e Melania Trump na Casa Branca. Mas Michelle não poderia entender como o eleitorado feminino havia preferido aquele republicano.

“Eu só queria que mais pessoas tivessem aparecido para votar. E eu sempre vou me perguntar sobre o que levou tantas mulheres, em especial, a rejeitarem uma excepcionalmente bem qualificada candidata mulher (Hillary) e, em vez dela, optarem por um misógino como seu presidente. Mas o resultado era nosso para conviver com ele”, escreveu.

Michelle lançou na terça-feira a turnê promocional do livro, em Chicago, onde milhares de pessoas compraram ingressos para um evento da democrata. “Becoming” é parte de uma obra conjunta com o marido, cujas memórias devem ser publicadas no próximo ano. A renda do trabalho, estimada em dezenas de milhões de dólares, deve ter “significativo montante” revertido para ações de caridade, segundo o “The Guardian”.

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https://www.osul.com.br/michelle-obama-descarta-concorrer-a-presidencia-dos-estados-unidos/ Michelle Obama descarta concorrer à presidência dos Estados Unidos 2018-11-14
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