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Geral Migrantes ficam à deriva no mar por duas semanas após quatro países recusarem a sua entrada

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Mais de 1,5 mil pessoas já morreram em 2018 tentando atravessar o Mediterrâneo para buscar proteção ou melhores condições de vida na Europa. (Foto: Reprodução)

Um barco tunisiano levando cerca de 40 refugiados está à deriva no mar Mediterrâneo há duas semanas depois que autoridades de quatro países se recusaram a dar permissão para que desembarcassem, afirmou o Crescente Vermelho nesta sexta-feira (27).

A Tunísia foi o último país a impedir a entrada dos refugiados, afirmando que Malta ou Itália é quem deveria fazê-lo, segundo Monji Slim, do Crescente Vermelho da Tunísia. A França também não permitiu.

“Os imigrantes estão no mar em condições ruins depois que o capitão se recusou a receber ajuda para pressionar as autoridades tunisinas recebê- los, mas nenhuma solução foi alcançada.”

Os refugiados estão a bordo do Sarost 5, posicionado a 3 km da costa de Zarzis, disse à CNN o segundo em comando na embarcação, Aumen Ourari. Eles foram recolhidos de um barco de madeira no dia 13 de julho após terem dificuldades de cruzar o Mediterrâneo a partir da Líbia.

O novo governo da Itália fechou seus portos a navios que resgatem refugiados no mar, alegando que a União Europeia deve compartilhar a carga de aceitar as centenas de pessoas que chegam pelo mar.

Roma defende que centros de imigrantes sejam criados no território africano para impedir a fuga dos refugiados em direção à Europa.

O Crescente Vermelho teve acesso ao barco na última quarta (25) para atender pessoas com problemas de saúde e dar água e comida.

Espanha

Os serviços de socorro marítimo da Espanha resgataram nesta sexta 751 migrantes que tentavam alcançar a costa do país a bordo de 52 embarcações.

Dessas pessoas, 709 estavam em barcos e botes no Estreito de Gibraltar, e 11 foram socorridas mais a leste, no mar de Alborão, segundo as autoridades espanholas. Outras três embarcações foram localizadas na costa de Alicante com 31 migrantes a bordo.

Navios e helicópteros estão patrulhando a área à procura de outros barcos no mar. A rota entre Marrocos e Espanha se tornou a mais usada por deslocados externos no Mediterrâneo, com 20.992 pessoas apenas em 2018, superando a travessia entre o norte da África e a Itália, com 18.373, de acordo com a OIM (Organização Internacional para as Migrações).

Mortes

Mais de 1,5 mil pessoas já morreram em 2018 tentando atravessar o Mediterrâneo para buscar proteção ou melhores condições de vida na Europa, segundo dados divulgados nesta sexta pela OIM.

De acordo com a entidade, o balanço deste ano já contabiliza 1.504 fatalidades, queda de 37,5% em relação ao mesmo período do ano passado (2.408). No entanto, essa redução se deve sobretudo à desaceleração dos fluxos migratórios no Mediterrâneo: em 2018, 55.001 pessoas conseguiram completar a travessia, quase a metade das 115.796 do mesmo período do ano passado.

Em termos proporcionais, 2,66% dos migrantes forçados que tentaram cruzar o mar em 2018 morreram. Nos sete primeiros meses de 2017, esse índice foi de 2,03%. Junho passado, com 629 mortes, foi o mês mais letal no Mediterrâneo desde novembro de 2016.

 

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https://www.osul.com.br/migrantes-ficam-a-deriva-no-mar-por-duas-semanas-apos-o-quatro-paises-recusarem-a-sua-entrada/ Migrantes ficam à deriva no mar por duas semanas após quatro países recusarem a sua entrada 2018-07-27
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