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Por Redação O Sul | 19 de janeiro de 2017
Antes mesmo de o republicano Donald Trump tomar posse na cerimônia de sexta-feira (20), o governo brasileiro se prepara para lidar com os Estados Unidos sobre temas que fazem parte da agenda bilateral. Segundo fontes ligadas ao Palácio do Planalto e ao Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty já iniciou reuniões internas, “com sentido de urgência”, para examinar em quais pontos o Brasil pode avançar nas relações com os EUA em itens como comércio, meio ambiente, migração, energia e investimentos.
Todo esse trabalho se deve, principalmente, à conversa que ocorreu em novembro último entre Trump e o presidente Michel Temer, por telefone. No único contato que houve entre os dois até agora, ficou informalmente acertado que as equipes dos dois países começariam a conversar, a partir de fevereiro, sobre uma agenda capaz de proporcionar resultados concretos em várias áreas.
A avaliação do Palácio do Planalto é otimista: como homem de negócios, Trump é objetivo e pragmático e, certamente, terá interesse em apoiar as negociações que já estavam em curso. O sucesso no acordo que resultou na liberação das vendas de carne bovina in natura ao mercado americano, por exemplo, pode se repetir em outras áreas. Já o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, considera que a orientação a ser dada por Trump ainda é incerta.
“Ainda não sabemos qual é o caminho que ele vai seguir. Nossas relações vão depender muito da orientação a ser dada às chancelarias, não apenas no campo de vender e comprar, mas em parcerias internacionais”, destacou o ministro. (AG)