Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de dezembro de 2015
O Ministério Público de São Paulo comandou uma operação em oito Estados para apreender provas por crimes de racismo contra a jornalista Maria Júlia Coutinho. Os suspeitos foram levados para se explicarem.
Com o apoio da Polícia Militar, o MP foi a uma casa, na Zona Norte de São Paulo, buscar um dos investigados pelos ataques racistas. Os policiais entraram pelos fundos e apreenderam o computador de Kaíque Batista, 21 anos, que disse não ter publicado nada no seu perfil. “Não, meu grupo não, agora, o grupo que publicou, eu sei quem foi, e vou falar. Não segurarei o rojão de ninguém.”
Os grupos são grandes. Só nessa fase, a Justiça determinou 25 mandados de busca e apreensão em oito Estados. Em Fortaleza (CE), foram apreendidos quatro celulares e um notebook. O suspeito foi convidado à prestar esclarecimentos, mas se recusou e será notificado formalmente para conversar com os promotores. O perfil era falso e foi apagado.
Um dos líderes dos ataques foi encontrado em casa, em Sorocaba, no interior de São Paulo. No celular dele foram encontrados grupos com mensagens racistas. A polícia de Rio Verde, interior de Goiás, descobriu que alguns ataques partiram de um jovem de 16 anos.
O crime contra a jornalista foi em julho. Maju foi alvo de ataques racistas em redes sociais. No Jornal Nacional, ela falou sobre a importância de combater o preconceito e agradeceu o apoio. (AG)