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Brasil Ministério Público Federal diz que a decisão da Polícia Federal de alterar o grupo de trabalho da Lava-Jato é um “evidente retrocesso”

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Congresso Nacional deverá partir para o front contra a Lava-Jato. (Foto: Reprodução)

Os procuradores do MPF (Ministério Público Federal) que atuam na Operação Lava-Jato criticaram a decisão da PF (Polícia Federal) de alterar a forma de trabalho dos delegados que atuam na força-tarefa que investiga os desvios de recursos da Petrobras. Em decisão divulgada na quinta-feira (06), a PF deslocou os investigadores exclusivos para a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas.

Com a medida, os investigadores que atuavam na Lava-Jato e também na Operação Carne Fraca passarão a assumir também inquéritos de outras investigações em andamento pela PF no Paraná, relacionados a crimes econômicos. “A anunciada integração, na Polícia Federal, do Grupo de Trabalho da Lava-Jato à Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas, após a redução do número de delegados a menos de metade, prejudica as investigações da Lava-Jato e dificulta que prossigam com a eficiência com que se desenvolveram até recentemente”, diz o MPF.

Para o órgão, a medida gera redução no número de policiais ativos na Lava-Jato. “O efetivo da Polícia Federal na Lava-Jato, reduzido drasticamente no governo atual, não é adequado à demanda. Hoje, o número de inquéritos e investigações é restringido pela quantidade de investigadores disponível”, diz nota enviada pela Procuradoria da República no Paraná.

A Procuradoria contrapõe a posição da PF afirmando que houve aumento no número de procuradores para atuarem na Lava-Jato, ao passo em que a Superintendência da PF teve redução no número de delegados nos últimos meses. “A necessidade evidente de serviço, decorrente inclusive do acordo feito com a Odebrecht, determinou que a equipe do Ministério Público Federal na Lava-Jato em Curitiba tenha aumentado, o que ocorreu em paralelo ao aumento das equipes da Lava-Jato no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, no mesmo período em que a Polícia Federal reduziu a equipe e dissolveu o Grupo de Trabalho da Lava Jato em Curitiba”, diz outro trecho da nota.

O que diz a Polícia Federal

Mais cedo, em entrevista coletiva, o delegado-chefe da Delecor (Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas), Igor Romário de Paula, disse que os policiais envolvidos diretamente nas investigações devem sentir pouca diferença no dia a dia de trabalho. Ele também afirmou que não houve nenhuma determinação específica por parte da direção da Polícia Federal, em Brasília. Serão, segundo ele, 84 policiais, sendo 16 delegados. Do total de delegados, quatro atuam no Espírito Santo, sendo que dois deles já participaram da Lava-Jato anteriormente. Segundo a Polícia Federal, a mudança prioriza a investigação e permite intercâmbio de informações.

O MPF reconhece o trabalho prestado pelo delegado Igor e pelo superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Franco, mas discorda da avaliação deles. “Reconhece-se ainda a dedicação do superintendente da Polícia Federal no Paraná, Rosalvo Franco, e do Delegado de Polícia Federal Igor de Paula, às investigações. Contudo, a medida tornada pública hoje é um evidente retrocesso”, afirmam os procuradores. (AG)

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