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Por Redação O Sul | 23 de fevereiro de 2017
O Ministério Público Federal em Novo Hamburgo denunciou três pessoas acusadas de fraudar o sistema de fiscalização sanitária, permitindo que chegasse à população produtos adulterados e gravemente nocivos ao consumo humano. A denúncia foi assinada pelo procurador da República Celso Tres.
Foram denunciados o sócio e administrador da empresa Conaprole no Brasil, o gerente da unidade Conaprole em Ivoti (RS) e um servidor público federal do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que atuava como agente de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal.
A investigação apurou um esquema de corrupção, no qual os representantes da empresa realizavam pagamentos mensais ao servidor público que variavam de R$ 1.800,00 a R$ 2.500,00 com o intuito de obter privilégios evitando a fiscalização dos produtos e rápida resolução de questões burocráticas.
Para o MPF, chamou atenção o fato de que os pagamentos realizados como propina eram contabilizados na empresa como custo operacional, identificados sob a rubrica “despesas MAPA”.
O produto disponibilizado para consumo, além de não passar pelo controle de qualidade sanitária, era produto vencido ou varredura do leite, que é o lixo ou as sobras do envase do leite ou do soro em pó, portanto, impróprio para consumo humano.
A Conaprole é o maior laticínio do Uruguai, cooperativa que opera desde 1935, sendo um gigante do mercado internacional.