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Brasil Ministério Público Federal nega ter substituído procuradora da República após crítica de Sérgio Moro

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No documento encaminhado à PGR, Moro entende que o Ministério Público deve apurar supostos crimes de calúnia, injúria e difamação, que teriam sido cometidos pelo presidente da entidade. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O MPF (Ministério Público Federal), por meio da chamada força-tarefa da operação Lava-Jato no Paraná contestou a informação dada pelo jornalista Reinaldo Azevedo de que a procuradora Laura Tessler não mais participou das audiências do caso do triplex, contra o ex-presidente Lula, após ter sido criticada pelo então juiz federal Sérgio Moro. As informações são do portal Consultor Jurídico.

Em março de 2017, em conversa com o procurador Deltan Dallagnol, Moro criticou a performance de Laura Tessler em audiências, segundo mensagens vazadas pelo The Intercept Brasil. Na quinta-feira (20), Reinaldo Azevedo, no programa O É da Coisa, da rádio BandNews FM, em parceira com o site The Intercept Brasil, divulgou conversa em que Dallagnol repassa a mensagem de Moro ao também procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

Dallagnol então fala para verem como está a escala de procuradores para as audiências da Lava-Jato e diz que eles podem sugerir a ida de dois membros do Ministério Público Federal nas sessões. O procurador sugere uma reunião sobre o assunto, na qual talvez poderiam sugerir trocar Laura Tessler por outro integrante, como Júlio Noronha ou Roberson Pozzobon. “Na audiência do Lula, não podemos deixar acontecer [a escalação de Laura Tessler]”, afirma Dallagnol.

No primeiro depoimento de Lula a Sergio Moro, em maio de 2017, Laura Tessler não estava presente. Na ocasião, Júlio Noronha e Roberson Pozzobon representaram o MPF — como sugerido por Dallagnol.

De acordo com a força-tarefa, Noronha e Pozzobon participaram da primeira audiência de Lula por serem os procuradores que estavam acompanhando o processo mais de perto. Além disso, os integrantes do Ministério Público Federal ressaltam que, nos dias seguintes aos das mensagens, Laura Tessler continuou participando de audiências de processos da Lava-Jato.

“Ou seja, não houve qualquer alteração na sistemática de acompanhamento de ações penais por parte de membros da força-tarefa. Assim, os procuradores e procuradoras responsáveis pelo desenvolvimento de cada caso acompanharam as principais audiências até o interrogatório, não se cogitando em nenhum momento de substituição de membros, até porque todos vêm desenvolvendo seus trabalhos com profissionalismo, competência e seriedade.”

Leia trechos da nota:

“A força-tarefa Lava-Jato do (MPF/PR (Ministério Público Federal no Paraná) vem a público repudiar notícia falsa sobre troca de procuradores em audiência do caso Triplex por meio de publicação rasa, equivocada e sem checagem dos fatos pelo blogueiro Reinaldo Azevedo.

Conforme é público, a procuradora da República Laura Tessler participou, na manhã de 13/03/2017, de audiência em ação penal em que acusado o ex-ministro Antônio Palocci (autos nº 5054932-88.2016.404.7000). Além de seguir realizando a audiência na tarde do mesmo dia, a procuradora participou de todas as subsequentes do caso, nos dias 14/03/2017, 15/03/2017, 21/03/2017, e 22/03/2017.”

Segundo o MPF, a atuação firme, técnica e dedicada da procuradora contribuiu decisivamente para a condenação, somente nesse caso, de 13 réus acusados de corrupção e lavagem de dinheiro a mais de 90 anos de prisão, incluindo o ex-ministro Antônio Palocci.

Integrante da Lava-Jato no MPF desde 2015, a procuradora Laura Tessler seguiu e segue responsável por diversas investigações e ações criminais, realizando todos os atos processuais necessários, incluindo audiências. “Contando com toda a confiança da força-tarefa na sua condução altamente profissional, cuidadosa e obstinada no combate à corrupção”, diz a nota.

“Não houve qualquer alteração na sistemática de acompanhamento de ações penais por parte de membros da força-tarefa. Assim, os procuradores e procuradoras responsáveis pelo desenvolvimento de cada caso acompanharam as principais audiências até o interrogatório, não se cogitando em nenhum momento de substituição de membros, até porque todos vêm desenvolvendo seus trabalhos com profissionalismo, competência e seriedade”, diz ainda o documento.

A nota chama a publicação de desrespeitosa.

“Além de desrespeitosa, mentirosa e sem contexto, a publicação de Reinaldo Azevedo não realizou a devida apuração, que, por meio de simples consulta aos autos públicos acima mencionados, evitaria divulgar movimento fantasioso de troca de procuradores para ofender o trabalho e os integrantes da força-tarefa. Como o site ‘The Intercept Brasil’, de quem se diz parceiro, Reinaldo Azevedo, de modo tendencioso, tentou criar artificialmente uma realidade inexistente para dar suporte a teses que favoreçam condenados por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava-Jato.”

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