Em meio à sessão desta terça do Conselho Superior do MPF, Janot afirmou que não tinha “condição” e que não se sentia “confortável” em indicar cortes no orçamento da instituição para viabilizar um reajuste de 16,8% nos vencimentos dos procuradores da República a partir do ano que vem. A proposta de aumento salarial – apresentada por Raquel Dodge – foi aprovada pelos integrantes do colegiado na semana passada.
Na ocasião, o conselho também aprovou uma proposta de orçamento de R$ 3,8 bilhões para o Ministério Público Federal em 2018. Do valor aprovado, R$ 3 bilhões serão usados na folha de pagamentos da instituição.
O Ministério do Planejamento e o Congresso Nacional ainda precisam aprovar a proposta de orçamento elaborada pelos integrantes do MPF. O Conselho Superior do Ministério Público criou uma comissão para analisar os cortes que podem ser feitos no orçamento da instituição para assegurar o reajuste nos subsídios dos procuradores da República.
“Não farei indicativo para possibilitar o aumento de 16,8%. Eu, individualmente, não farei. Já estou avisando que não farei”, enfatizou Janot na sessão do Conselho.
Rio de Janeiro
No dia 25 de julho, o Conselho Superior do MPF prorrogou, por mais seis meses, a duração da força-tarefa de procuradores da República que atuam na Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. Com a medida, uma equipe de procuradores continua dedicada exclusivamente às investigações em território fluminense dos casos de corrupção revelados a partir da Lava-Jato.
Os principais focos do MPF no Rio de Janeiro são as irregularidades cometidas na Eletronuclear e a propina que movimentou a administração do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). (AG)