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Por Redação O Sul | 11 de março de 2017
O MP (Ministério Público) do Rio de Janeiro afirma que a obra de quase R$ 1 bilhão que reformou o Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 está repleta de ilegalidades. Por isso, o órgão quer que as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e a Delta Engenharia devolvam aproximadamente R$ 200 milhões aos cofres públicos.
No pedido feito à Justiça, os promotores solicitam o bloqueio desse valor. Vencida pelas três empresas, a licitação para reformar o estádio custaria cerca de R$ 700 milhões, mas o valor foi encarecido e o resultado final dos custos da obra se aproximou a quase R$ 1 bilhão. Outros problemas, além do encarecimento, foram detectados. Por exemplo, o projeto básico desenvolvido pelo governo do Rio teve apenas 37 plantas. O número é considerado pequeno pelo MP dada a complexidade da obra.
Como comparativo, os promotores exemplificam que o Mineirão, que também foi reformado, teve 1.309 plantas. Um número 35 vezes maior do que aquelas elaboradas para o Maracanã. Houve ainda, de acordo com o MP, um excesso de exigências que limitou a competitividade da licitação. Dos seis consórcios, quatro foram eliminados por conta disso. Também não é comum, segundo o órgão, que o mesmo consórcio contratado para elaborar o projeto seja o mesmo responsável pela execução do plano.