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Brasil A ministra Cármen Lúcia deu 48 horas para o Tribunal de Justiça de Goiás realizar inspeção em presídio após rebelião que deixou 9 mortos

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Ministra Cármen Lúcia assinou ofício "urgente". (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, determinou nesta terça-feira (2) que o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás realize inspeção no presídio de Aparecida de Goiânia no prazo de, no máximo, 48 horas, após rebelião que deixou nove mortos e 99 presos foragidos.

Em ofício assinado nesta terça, Cármen Lúcia requisita “envio urgente” ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) dos dados relativos aos fatos e inspeção com apresentação de relatório com “informações sobre as condições de presos, de estabelecimento prisional e das providências adotadas pelo Poder Judiciário, se for o caso, nos limites de suas atribuições”.

A ministra, que é presidente acumula a presidência do STF com a do CNJ, também requisitou dados da última inspeção feita no presídio goiano.

Rebelião

Detentos do regime semiaberto fizeram uma rebelião na tarde de segunda-feira (1º) na Colônia Agroindustrial, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Em nota divulgada na segunda-feira à noite, a Seap (Superintendência Executiva de Administração Penitenciária) informou que nove presos morreram, 14 ficaram feridos.

 Ainda conforme a Seap, uma rixa entre grupos rivais provocou o motim e os homicídios. Durante o confronto, eles atearam fogo à cadeia e os corpos foram carbonizados. A perícia realiza o trabalho de identificação.

A Seap destacou ainda que 106 presos fugiram no momento da rebelião, sendo que 29 já foram recapturados. Outros 127 deixaram o presídio por conta da confusão, mas retornaram voluntariamente quando a situação se acalmou.

A rebelião começou por volta das 14h e foi controlada duas horas depois.

O Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia informou que recebeu 11 presos feridos durante a rebelião. Entre eles, “nove encontram-se estáveis, apesar de terem sofrido diferentes tipos de lesões”.

Outros dois têm estado de saúde considerado grave: um deles “encontra-se entubado e sedado após ter sofrido queimaduras e ter sido intoxicado por fumaça”; já o segundo “está com uma bala alojada no ombro esquerdo e vai passar por tomografia para análise da forma de tratamento adequada”.

Já o Hospital de Urgências de Goiânia, disse que recebeu outros dois feridos e ambos estão conscientes, orientados, respirando espontaneamente e passando por avaliação médica.
Rixa entre alas

A Seap informou que a rebelião foi provocada depois que presos da ala C invadiram as alas A, B e D, onde ficam detentos rivais. Neste momento, a unidade prisional foi incendiada.

Os bombeiros foram acionados para atuar no combate ao fogo, que formou uma grande nuvem de fumaça.

Agentes do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais atuaram no local com apoio do Batalhão de Choque e do Grupo de Radiopatrulha Aérea, ambos da vinculados à Polícia Militar.

Parentes de detentos da Colônia Agroindustrial estiveram na porta do presídio durante a rebelião para saber se algum deles havia se ferido. A mãe de um dos presos conseguiu ver o filho, mas muitas ficaram desesperadas por informações.

Na ocasião, os familiares disseram que os presos pedem por melhores condições de alimentação e higiene na penitenciária. “O lanche da manhã não dá para todos. A água desce três, quatro vezes por dia. Os caras ficam com coceira, bicheira aí dentro”, afirmou uma das parentes.

A avó de um dos detentos comentou que soube que o neto estava passando por dificuldades devido à falta de estrutura do local. “Faz quatro dias que eles estão sem água, sem beber nada, sem comer”, reclamou.

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