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Mundo Ministra se demitiu após novos incêndios e mortes em Portugal

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Bombeiros conseguiram conter principais focos. (Foto: Reprodução)

A ministra da Administração Interna de Portugal não resistiu às críticas à atuação da pasta no combate aos incêndios que deixaram ao menos 41 mortos. Nesta quarta-feira (18), Constança Urbano de Sousa pediu demissão, aceita pelo primeiro-ministro, Antonio Costa. Ela era questionada no cargo desde o desastre natural de junho, cujas chamas resultaram na morte de 64 pessoas. A informação foi confirmada pelo gabinete do premier.

Constança resistia à renúncia com o argumento de que precisava enfrentar as dificuldades e resolver os problemas. “Para mim seria mais fácil, pessoalmente, ir-me embora e ter as férias que não tive, mas agora não é hora de demissões”, defendeu no começo da semana. Mas a agora ex-ministra perdeu ainda mais força depois das duras palavras do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em declaração ao povo português, em Coimbra, o presidente destacou que era preciso “abrir um novo ciclo”, o que “inevitavelmente obrigará o governo a ponderar o quê, quem, como e quando melhor serve esse ciclo”. O discurso de Rebelo de Sousa foi entendido pela classe política e pela opinião pública como um aceno à remodelação do Poder Executivo.

Ao aceitar a demissão, Costa saudou a ministra “pela dedicação e pelo empenho com que serviu o país no desempenho de suas funções”. A ex-titular da Administração Interna revelou que pediu “insistentemente” sua saída após o desastre de junho. Agora, ela frisou, o premier “tem que aceitar para preservar minha dignidade pessoal”.

Em meio às críticas, Constança ressaltava a necessidade de refletir sobre o sistema de proteção civil no que chamou de “novas condições”. “As novas condições nos dizem que vamos ter cada vez mais incêndios de enorme proporção. Não só neste país”, frisou, ao mencionar os desastres na Espanha e no Estado americano da Califórnia.

Na visão da ex-ministra, o que falha “há décadas” é a prevenção estrutural. Ainda assim, segundo ela, em um cenário com 525 focos de incêndios, torna-se “impossível ser eficaz”. “Não há nenhum sistema que permita chegar a cada uma das pessoas. Não existe nem nunca existirá. Temos todos os operacionais empenhados, dentro do que é humanamente possível”, defendia, com foco na prevenção, antes de renunciar ao cargo.

Na manhã desta quarta-feira, veículos de imprensa portugueses reportavam que o secretário de estado da pasta também havia se demitido, o que foi desmentido pela direção-geral da Administração Interna. A TV pública sustenta que outras autoridades devem deixar os cargos neste momento em que os bombeiros conseguiram conter os principais focos de incêndio na região.

A situação foi considerada “crítica”. O furacão Ofélia avançava pelo Atlântico e espalhou ainda mais rapidamente as labaredas com os fortes ventos. As vítimas foram atingidas pelas chamas nos distritos portugueses de Guarda, Coimbra, Viseu e Castelo Branco. Após a morte de seis pessoas, o primeiro-ministro português, Antonio Costa, declarou “estado de catástrofe” no país.

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