Brasil Ministro da Fazenda diz que a reforma ministerial deve ajudar na aprovação da reforma da Previdência

Nos últimos meses, Meirelles vinha afirmando que a reforma da Previdência seria aprovada ainda neste ano, embora ressaltasse que o Congresso é soberano em relação ao cronograma de votações. No entanto, o Palácio do Planalto tem encontrado dificuldades para levar a reforma adiante, com ameaças de partidos da base aliada de que só votarão a favor do governo se o presidente promover uma reforma ministerial. Siglas do chamado Centrão, por exemplo, querem quatro cadeiras do PSDB para votar a reforma da Previdência.

Enviada no ano passado ao Congresso, a reforma já foi aprovada por uma comissão especial da Câmara, mas, diante da falta de consenso entre o governo e os deputados sobre o texto a ser votado, a proposta ainda patina. Na sexta-feira, Meirelles também afirmou que “é possível” aprovar um texto com mudanças nas regras para as aposentadorias ainda neste ano e reforçou que está negociando com o Congresso.

 No início deste mês, o ministro disse que o governo deveria apoiar a aprovação, no Congresso, de uma proposta de reforma da Previdência Social que mantivesse cerca de 50% do texto original do Executivo.

Desbloqueio de recursos

Meirelles disse que a recuperação na arrecadação de impostos, impulsionada pela retomada da atividade econômica, foi o que permitiu ao governo liberar R$ 7,5 bilhões que estavam bloqueados no Orçamento deste ano. Uma nova revisão do Orçamento pode ser feita em relação aos dados do último bimestre, mas o resultado só será divulgado em 2018, explicou Meirelles.

Candidatura

Meirelles afirmou recentemente que a decisão sobre uma possível candidatura à Presidência da República vai ficar para março de 2018. “No próximo ano vai haver o momento juridicamente e politicamente adequado para se tomar uma decisão. Todos deverão tomar a decisão se irão se candidatar a um cargo eletivo ou não, seja deputado estadual, federal, governador, senador ou presidente da República. Neste momento todos tomarão a decisão, inclusive eu”, declarou.

“De fato muitas pessoas têm uma expectativa. Eu não tenho nenhuma decisão a esse respeito no sentido de que estou totalmente dedicado ao Ministério da Fazenda”, disse o ministro, que é cotado pelo PSD para disputar a corrida ao Palácio do Planalto nas próximas eleições.