Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de maio de 2016
O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, e o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Leandro Daiello, devem ir na próxima semana a Curitiba (PR) para informar à equipe da Operação Lava-Jato que o governo do presidente interino, Michel Temer, manterá os policiais que trabalham no caso. Será um dos gestos que Temer pretende fazer para assegurar que não quer impedir ou atrapalhar as apurações.
A conversa de integrantes da Lava-Jato em Curitiba com interlocutores de Temer começou dias antes de o afastamento de Dilma Rousseff se concretizar. Rodrigo Rocha Loures, assessor especial de Temer, confirmou que esteve em um evento em Brasília com alguns procuradores da Lava-Jato, entre eles Deltan Delagnol e Alexandre Camanho, e desmentiu os boatos de que, se assumisse o poder, Temer agiria para barrar a operação.
Loures contou que, na conversa, perguntou que sinalização Temer poderia dar para comprovar seu comprometimento com a continuidade das investigações. Os procuradores responderam, segundo Loures, que a manutenção do superintendente da PF em Curitiba, Rosalvo Franco, seria bem recebida.
Temer concordou com a sugestão e determinou a Alexandre Moraes, tão logo este assumiu o Ministério da Justiça, manter Rosalvo Franco nas funções. (AG)