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Brasil Ministro do Supremo Gilmar Mendes nega habeas corpus coletivo contra prisão após condenação em segunda instância

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Ministro do Supremo critica pesadamente decretos de prisão preventiva que se perpetuam na Lava-Jato. (Foto: Divulgação/STF)

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes negou, na noite de segunda-feira (19), um habeas corpus coletivo impetrado por dez advogados do Ceará para impedir a prisão de condenados em segunda instância. O processo foi distribuído para Mendes por sorteio na Corte.

Na decisão, o ministro afirmou que a pretensão era “genérica” e não poderia ser colocada em prática porque cada caso teria de ser analisado individualmente. “Seria temerária a concessão da ordem, uma vez que geraria uma potencial quebra de normalidade institucional. Isto porque, ainda que pairem dúvidas acerca da manutenção, ou não, do entendimento desta Corte em relação ao tema, as prisões em tela têm justa causa”, afirmou o ministro.

No pedido, os advogados incluíram como possíveis beneficiados por uma eventual decisão “todos os cidadãos que se encontram presos, e os que estão na iminência de serem, para fins de execução provisória de pena, decorrente de condenação confirmada em segundo grau”.

Eles alegaram que essas pessoas estariam sofrendo “constrangimento ilegal”, em razão de “omissão” da ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte, que não colocou na pauta de julgamentos do plenário do STF duas ações que aguardam análise sobre a prisão após uma condenação em segunda instância.

A prisão após condenação em segunda instância é questionada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 24 de janeiro, ele foi condenado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) a 12 anos e um mês de prisão. A defesa do ex-presidente ingressou no STF com um habeas corpus preventivo, com o objetivo de evitar a prisão, sob o argumento de que a lei só permite a prisão após o chamado trânsito em julgado, isto é, após o esgotamento dos recursos em todas as instâncias da Justiça.

Supremo e segunda instância

Em 2016, a maioria dos ministros do Supremo entendeu que a pena pode começar a ser cumprida após a condenação em segunda instância. Mas, atualmente, há ações pendentes de análise na Corte que pretendem mudar esse entendimento.

Cabe à presidente do STF definir sobre a inclusão do tema na pauta de julgamentos, mas a ministra Cármen Lúcia tem reiterado que não pretende voltar a esse tema. Mendes argumentou que o Supremo apenas autorizou, mas não obrigou a prisão após condenação em segunda instância. Além disso, disse que as prisões ou possibilidade de prisões detalhadas no habeas corpus não decorrem da não inclusão, na pauta do STF, das duas ações pendentes de julgamento.

“A não inclusão em pauta não é razão para amparar a concessão de ordem genérica de habeas corpus para a liberação de todas as pessoas que estejam presas em razão da possibilidade de execução antecipada da pena, bem como para impedir que se determinem novos encarceramentos em tais situações”, argumentou o ministro. “A alegada omissão não retira a justa causa das prisões efetuadas, tampouco de eventuais prisões vindouras, razão pela qual não pode ser reconhecida como constrangimento ilegal”, concluiu.

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