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Brasil Ministro Geddel Lima pede demissão após denúncia do ex-ministro da Cultura provocar crise no governo

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Geddel é investigado pelo suposto recebimento de "vantagens não contabilizadas" da construtora Odebrecht em campanhas eleitorais em 2006 e 2014. (Foto: Reprodução)

Acusado de ter pressionado o ex-titular da Cultura para liberar uma obra em Salvador, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, entregou na manhã desta sexta-feira (25) uma carta de demissão ao presidente Michel Temer. Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer aceitou o pedido de Geddel, que era responsável pela articulação política do governo federal com o Congresso Nacional.

A turbulência política provocada pela denúncia chegou ao gabinete presidencial nesta quinta-feira (24) quando veio à tona o teor do depoimento prestado nesta semana pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal. Calero disse aos policiais que, durante uma audiência no Palácio do Planalto, Temer interveio em favor dos interesses do ministro da Secretaria de Governo.

O ex-ministro da Cultura, que pediu demissão na última sexta-feira (18), gravou a conversa que teve na semana passada com Temer no Planalto. Procurado, Calero disse que não pode falar desse assunto. Geddel foi acusado pelo ex-ministro da Cultura de tê-lo pressionado a rever a rever decisão do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) que impede a construção de um empreendimento imobiliário onde o ministro da Secretaria de Governo adquiriu apartamento.

Em depoimento à Polícia Federal, Calero disse ainda que o presidente Temer o “enquadrou” no intuito de encontrar uma “saída” para obra de interesse de Geddel. Além de Temer e de Geddel, Calero implicou também o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O ex-ministro disse à PF ter recebido uma ligação de Padilha após uma conversa ruim com Geddel.

Na carta de demissão, na qual se referiu ao presidente da República como “fraterno amigo”, Geddel escreveu que “avolumaram-se as críticas” sobre ele e, em Salvador, vê o”sofrimento” de sua família, que é o “limite da dor que suporta”. Ele, então, diz ao presidente que “é hora de sair”. Na mensagem, ele também pediu desculpas a Temer pela dimensão das “interpretações dadas”.

(Foto: Reprodução)

Ministro responsável pela articulação política enviou carta de demissão a Michel Temer (Foto: Reprodução)

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