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Brasil O ministro do Supremo Gilmar Mendes criticou a suposta espionagem contra o ministro relator da Operação Lava-Jato, Edson Fachin

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Pela segunda vez, Gilmar Mendes soltou o suposto operador do PSDB. (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

Um dia após a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, cobrar a apuração sobre a suposta espionagem contra o colega Edson Fachin pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o ministro Gilmar Mendes também criticou a possibilidade de a agência ter feito uma devassa na vida do relator da Lava-Jato na Corte.

“A tentativa de intimidação de qualquer membro do Judiciário, seja por parte de órgãos do governo, seja por parte do Ministério Público ou da Polícia Federal, é lamentável e deve ser veementemente combatida”, afirmou Mendes.

Começando pela presidente do STF, as reações foram fortes em defesa de Fachin. Cármen Lúcia condenou a “devassa ilegal” da vida do ministro e disse que isso, se confirmado, seria “prática própria de ditaduras”. “É inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo Tribunal Federal, contra a democracia e contra as liberdades, se confirmada informação de devassa ilegal da vida de um de seus integrantes”, declarou.

Segundo a presidente do Supremo, se comprovada a prática, em qualquer tempo, “as consequências jurídicas, políticas e institucionais terão a intensidade do gravame cometido, como determinado pelo direito”. Menos de três horas depois, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também se manifestou e falou em “práticas de um Estado de exceção”.

Mais críticas

Entidades de juízes também se posicionaram. “A estratégia de constranger magistrados com ataques à honra pessoal, colocando órgãos públicos a esse serviço, é típico de regimes totalitários”, afirmou a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil).

O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Sergio Etchegoyen, negou que a Abin tenha monitorado Fachin. “Tenho certeza de que isso não aconteceu. Confio na Abin, nos profissionais da Abin e eles têm dado reiteradas mostras de seu profissionalismo”, afirmou Etchegoyen. A agência é subordinada ao GSI.

O Palácio do Planalto emitiu uma nota negando a espionagem. “O presidente Michel Temer jamais acionou a Abin para investigar a vida do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. O governo não usa a máquina pública contra os cidadãos, muito menos fará qualquer tipo de ação que não respeite aos estritos ditames da lei”, diz a nota. Etchegoyen chegou a telefonar para Cármen Lúcia. “Eu não me prestaria a isso. A Abin não iria bisbilhotar ninguém”, declarou o general.

Congresso

Fachin tem recebido ataques de parte do Planalto e do Congresso desde que homologou as delações premiadas da JBS e autorizou a investigação contra Temer. A tropa de choque do governo na Câmara quer cobrar explicações do relator sobre a relação dele com o Ricardo Saud, executivo da JBS e um dos delatores do grupo.

Os deputados apontam que Fachin teria sido ajudado pelo delator no período em que estava se preparando para a sabatina no Senado para referendar a indicação ao Supremo. (AE)

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