Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de março de 2016
Com posição ainda incerta no governo diante da volta do ex-presidente Lula ao Executivo, e em meio ao agravamento da crise política, que ameaça encerrar o atual ciclo do PT no poder, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, decidiu pisar no acelerador e prepara um conjunto de medidas para tentar reanimar a economia.
Ele informou que os técnicos do ministério e do Banco Central estudam reduzir os recolhimentos compulsórios, uma parte dos depósitos que os bancos são obrigados a manter no BC, para que as instituições ampliem linhas de crédito a consumidores e empresas. De acordo com o ministro, ainda não há decisão formada, mas várias ideias em discussão. “Conversamos com o BC sobre a necessidade de novas medidas e, se for preciso, vamos tomá-las”, disse.
O objetivo, segundo Barbosa, é ampliar a liquidez da economia e melhorar o ambiente de negócios. Várias das medidas em estudo fazem parte da agenda econômica do PT, que vem reclamando providências para recuperar a atividade. Nas últimas semanas, relatórios que chegam aos principais gabinetes da Esplanada dão conta de que o número de empresas com dificuldades de caixa tem crescido velozmente.
Diante do aumento do desemprego e da inadimplência de clientes, os bancos reduziram drasticamente a liberação de novos financiamentos, privilegiando a renegociação ou a ampliação do prazo das dívidas já contratadas. Segundo um integrante da equipe econômica, a flexibilização dos compulsório permitiria a criação de linhas para refinanciar os débitos das companhias em situação mais dramática.