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Brasil Ministro Teori evita comentar delação de Delcídio: “Não vou falar sobre isso”

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Teori Zavascki
Ministro Teori Zavascki é relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal. (Foto: Felipe Sampaio/STF)

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), evitou comentar nesta quinta-feira (3) sobre o acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) para colaborar com as investigações do caso.

Preso em novembro do ano passado acusado de atrapalhar as investigações da Lava-Jato, e solto há duas semanas, Delcídio firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República, no qual fez acusações à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme reportagem da revista “IstoÉ” que circula nesta quinta (3).

Na saída do STF, Zavascki disse a jornalistas que não poderia falar sobre o assunto. “Não tenho nada a declarar”, afirmou, enquanto caminhava. Indagado sobre se um vazamento poderia prejudicar a homologação do acordo, disse: “Não vou falar sobre isso”.

Caberá a Teori Zavascki, como relator da Lava-Jato no STF, decidir se vai homologar o acordo ou não. Se não for homologado, a colaboração perde a validade. A homologação é a validação de que se trata de um acordo que cumpriu todas as normas previstas em lei.

Segundo a revista, Delcídio disse que Lula tinha conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras e que Dilma agiu para interferir na Lava-Jato.

As acusações contra Dilma

De acordo com a revista “IstoÉ”, Delcídio contou que Dilma agiu para manter na Petrobras os diretores comprometidos com o esquema de corrupção e atuou para interferir no andamento da Operação Lava-Jato.

Uma dessas ações, segundo o senador, foi a nomeação para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) do ministro Marcelo Navarro, que teria se comprometido a votar, em julgamentos no tribunal, pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava-Jato.

Delcídio afirma na delação, segundo a “IstoÉ”, que, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma sabia que havia um esquema de superfaturamento por trás da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e atuou para que Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal e um dos presos na Lava-Jato, fosse mantido na direção da Petrobras.
A presidenta, segundo o senador, indicou Cerveró para a diretoria financeira da BR Distribuidora.

Delcídio descreveu ainda uma operação de caixa dois na campanha de Dilma em 2010 feita pelo doleiro Adir Assad, também preso na Lava-Jato. Segundo o senador, o esquema seria descoberto pela CPI dos Bingos, mas o governo conseguiu barrar a investigação dos parlamentares.

A presidenta Dilma Rousseff divulgou no final da tarde desta quinta-feira (3) nota na qual afirma que, no governo, “a lei é o instrumento”.

Ela criticou “uso abusivo de vazamentos como arma política”, em referência à divulgação nesta quinta do conteúdo do acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) com a Procuradoria Geral da República no âmbito da Operação Lava-Jato.

As acusações contra Lula

Ainda de acordo com a revista, Delcídio afirmou que Lula tinha conhecimento do esquema de corrupção que atuava na Petrobras, que agiu pessoalmente para barrar as investigações da Lava-Jato e que seria o mandante do pagamento para tentar comprar o silêncio de testemunhas.

O ex-presidente, segundo Delcídio, foi o mandante dos pagamentos que o senador ofereceu à família de Cerveró e que resultaram na prisão do senador, em novembro.

De acordo com Delcídio, Lula pediu “expressamente” para que ele ajudasse o pecuarista José Carlos Bumlai, porque estaria implicado nas delações do lobista Fernando Baiano e de Cerveró.

O senador afirma, segundo a revista, que Lula não queria que Cerveró mencionasse o esquema de Bumlai na compra de sondas superfaturadas feitas pela estatal.

Na delação, Delcídio diz que intermediaria o pagamento à família de Cerveró com dinheiro fornecido por Bumlai.

O senador também afirma, de acordo com a publicação, que em 2006 Lula e o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci teriam articulado um pagamento ao publicitário Marcos Valério para que ele não dissesse o que sabia durante o processo do mensalão.

De acordo com o parlamentar, Valério exigiu R$ 200 milhões para se calar na CPI dos Correios, e Lula teria cedido.
Palocci, conforme o depoimento, assumiu a tarefa de negociar o pagamento.

Nota do Instituto Lula, que representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirma que são “completamente falsas” as acusações ao ex-presidente. “São completamente falsas as acusações feitas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em matéria publicada hoje (3) pela revista IstoÉ”, diz o texto.

Segundo a nota, o ex-presidente “jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, antes, durante ou depois de seu governo, seja em relação aos fatos investigados pela Operação Lava-Jato ou quaisquer outros citados pela revista”. (Renan Ramalho/AG)

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