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Por Redação O Sul | 21 de maio de 2017
Dois importantes senadores do PSDB se disseram chocados com os palavrões proferidos pelo senador Aécio Neves nos diálogos gravados por Joesley Batista. Ministros também ficaram espantados com o linguajar chulo, segundo informações divulgadas pelos colunistas Andreza Matais e Marcelo de Moraes, do jornal O Estado de S. Paulo.
Aécio Neves (PSDB-MG) manteve com o empresário Joesley, dono da JBS e autor das gravações, conversas sobre tentativas de barrar a Operação Lava-Jato e de como barrar o caixa 2 no Congresso. Os diálogos foram incluídos no despacho de 48 páginas do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, sobre o afastamento do tucano de suas funções como senador. A decisão de Fachin contém diálogos com críticas de Aécio aos presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Aécio também foi afastado da presidência do partido.
Aécio usou um linguajar cheio de palavrões. Ele reclamou: “esses vazamentos, essa porra toda, é uma ilegalidade”. Joesley então perguntou se “essa merda” não iria parar.
Foi então, segundo os documentos, que Aécio disse que Eunício e Rodrigo Maia eram “frágeis”. “Cara, nós estamos vendo (…) Primeiro temos dois caras frágeis para caralho nessa história: é o Eunício e o Rodrigo. O Rodrigo especialmente também, tinha que dar uma apertada nele, que nós estamos vendo o texto (…) na terça-feira.”
Em nota, Aécio afirmou que “lamenta alguns termos inadequados que utilizou ao se referir a alguns companheiros e autoridades, e que não fazem parte da sua linguagem usual e, por isso, se desculpa”. (AE e AG)