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Por Redação O Sul | 13 de março de 2017
Os depoimentos de delatores da empreiteira Odebrecht colhidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na ação contra a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, vencedora da eleição presidencial de 2014, ampliaram a gravidade do caso, na avaliação de ministros da corte ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Nos bastidores da Corte, porém, a maioria do colegiado considera que ainda é preciso avaliar a estabilidade política do País no julgamento do processo que pede a cassação da dobradinha por abuso de poder econômico e político no pleito que reelegeu a petista e o peemedebista.
A tendência é de que o relatório do ministro Herman Benjamin (sem data para conclusão e cujo conteúdo está em fase de elaboração) conclua pelo pedido de cassação. Ao menos cinco ministros dos sete titulares do TSE, porém, estariam inclinados a manter o mandato de Temer, a fim de evitar o agravamento da crise política e econômica brasileira no ano anterior ao próximo pleito presidencial.
Em conversas reservadas, os julgadores consultados disseram que o País já sofreu com o impeachment de Dilma, cassada em agosto do ano passado. Nesse sentido, uma eventual deposição de seu sucessor traria um cenário de incertezas.