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Mundo A missão da Nasa em Saturno chega ao fim após 20 anos. Sonda fez o seu último mergulho após quase 300 órbitas em volta do planeta

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Projeto investigou Saturno e seus aneis. (Foto: Nasa)

A sonda Cassini, projeto da Nasa que investigou Saturno, fez nesta sexta-feira (15) seu último mergulho em direção ao planeta após duas décadas de seu lançamento. Com 17 países envolvidos no projeto e um investimento de US$ 3,26 bilhões, a missão juntou milhares de dados importantes sobre o 6º planeta do Sistema Solar.

“Cassini é agora parte do planeta que estudou”, tuitou a Nasa, após receber o último sinal emitido pela sonda. “Obrigado pela ciência”.

O último sinal da missão foi recebido às 07h55 ET ( 08h55, em Brasília). A entrada ‘autodestrutiva’ foi feita com Cassini chegando ao ponto mais próximo de Saturno. Depois, a sonda queimou na atmosfera por conta do atrito em evento que a Nasa batizou de ‘Grand Finale’.

A destruição de Cassini foi programada porque, segundo a Nasa, o foguete estava começando a ficar sem combustível e essa essa situação acabaria por impedir que operadores controlassem o curso da nave. Assim, mantê-la em órbita nessa situação passou a ficar cada vez mais difícil, o que poderia gerar uma colisão sem controle.

“Uma colisão da Cassini em um ambiente propício para a vida poderia ser catastrófico caso já exista algum tipo de vida em desenvolvimento”, destaca o astrônomo Cássio Barbosa, no Observatório.

De qualquer modo, destaca Barbosa, o legado científico da Cassini é ‘fantástico’ e, mesmo com o fim da missão, estima-se que durante uns 10 anos ainda teremos resultados sendo publicados baseados em seus dados.

Ao todo, a sonda termina sua operação após quase 300 órbitas em volta de Saturno. Na coletiva de imprensa após o término da missão, cientistas e engenheiros envolvidos no projeto informaram que os instrumentos da Cassini funcionaram até o último segundo possível.

“Por causa da imensa distância entre Saturno e a Terra, o último suspiro da Cassini ainda levou uns 80 minutos para chegar. Vimos o sinal das transmissões sumir, dar um breve retorno, para depois silenciar de vez”, relata Barbosa.

Desde o início do projeto, a Nasa tinha algumas metas principais: fazer mapas detalhados da gravidade e dos campos magnéticos do planeta, entender melhor do que são feitos os aneis de Saturno e fazer imagens do planeta, luas e seus aneis.

Durante as duas décadas em que a missão esteve ativa, a agência também conseguiu fazer descobertas importantes: os mares de metano líquido sobre a lua Titã e a existência de um vasto oceano de água salgada sobre a superfície glaciar da lua Encélado.

 Lançamento foi feito em 1997

O desenvolvimento da Cassini começou na década de 80. O nome é uma homenagem ao astrônomo italiano Giovanni Domenico Cassini, que descobriu quatro satélites de Saturno e a divisão entre os aneis. Junto à sonda, foi acoplada a nave Huygens, que aterrissou na lua Titã, segunda maior de todo o Sistema Solar.

O lançamento ocorreu em 15 de outubro de 1997. Bill Clinton ainda era o presidente dos Estados Unidos.

A Cassini demorou sete anos até chegar no planeta no ano de 2004, em uma entrada precisa e inédita — a agência espacial está há 13 anos na região. A aterrissagem no solo da lua Titã ocorreu um ano depois com o desprendimento da Huygens, em 2005. Ao final dessa missão, a Nasa terá observado de perto quase meio ano de Saturno — por lá, um ano corresponde a 29 anos terrestres.

As luas que a Nasa descobriu

A Nasa chegou a uma contagem de 53 luas confirmadas do planeta – com mais nove em investigação.

Com as pesquisas da Cassini, os astrônomos chegaram à conclusão de que a lua Titã tem um dos mundos mais parecidos com a Terra. Ela tem raio de 2.575 km, é a segunda maior lua do Sistema Solar e registra temperaturas muito baixas. Mas é o único lugar já descoberto com líquido estável na superfície. O ciclo é similar ao da água, mas com metano.

Uma brasileira está na equipe da missão, a astrônoma Rosaly Lopes. Ela faz parte do time que pesquisa mais a fundo as luas de Saturno.

Água também foi encontrada em outra lua, a Encélado, que tem vapores que saem de sua superfície. A Cassini deu um rasante nestes “cânions” e sugou essas substâncias. Em abril deste ano, a Nasa confirmou também a presença de gás hidrogênio. (AG)

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