Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A presidenta Dilma decidiu ceder uma zona franca à Bolívia no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, pelo Decreto 8.661. Isso aumentou as suspeitas das autoridades policiais sobre as ações do país vizinho. Há anos o Brasil e a Bolívia têm um tratado pelo qual cargas em contêineres que atravessam a fronteira, desde que com um lacre da Receita Federal, não podem ser abertas e fiscalizadas pela Polícia Rodoviária em estradas brasileiras. Vindas de um país líder em produção de cocaína no mundo, há um grande risco de má fiscalização e até falsificação de selos nos transportes.
Blindagem diplomática
Para desespero da Polícia Federal, além das cargas que cruzam a fronteira, agora no terminal no porto cedido à Bolívia nada poderá ser fiscalizado. Apenas sob denúncias.
Só atrapalha
Há fortes suspeitas de autoridades brasileiras e do FBI de que a Bolívia é a maior rota de tráfico internacional de drogas e armas. O tratado com o Brasil não ajuda em nada.
Revelações
Em maio de 2014, o ex-ministro da Justiça Luiz Vásquez, e o ex-presidente Tuto Quiroga revelaram à Coluna que o narcotráfico na Bolívia movimenta US$ 12 bilhões/ano – 80% passariam pelo Brasil. Detalhes aqui – http://bit.ly/1W6oy5q.
Te cuida, PT
Campeão de votos em Minas Gerais, com mais de 300 mil, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) disfarça a mágoa com o partido. Tem sido preterido na legenda, apesar do prestígio no Planalto. Com bandeira da Educação, foi cotado para ministro, e nada. Mês passado, abriu mão da disputa pela liderança do PT na Câmara.
Pragmatismo
Mesmo assim Reginaldo garante que não deixa o PT. “Sou candidato ao Senado (em 2018)”, revela. “Ajudei a Marina (Silva) a abrir uns 500 comitês em Minas”, complementa, indicando que convites (para o Rede, em especial) não faltam. “Se eu saísse hoje do PT, levaria muita gente”. Com e sem mandato.
Dissidência familiar
O PT sangra aos poucos em Minas. O federal Weliton Prado, em litígio com a legenda, a trocou pelo PMB. A família Prado tem ainda um deputado estadual e um vereador em Uberlândia.
Caldeirão
“Foi relapso”, diz um deputado sobre a gestão de Dudu da Fonte (PE) na liderança do PP. “O PP é ‘injuntável’”, solta a raposa, sobre a tentativa de unidade no partido.
Megafone no plenário
Algoz de Eduardo Cunha nos protestos em plenário, a federal Clarissa Garotinho (PR-RJ) diz que vai continuar o inferno: “Nós, deputados, não podemos ficar paralisados”.
Sobre mafiosos
Consultora da Coluna, Vovó Mafalda, que é pateta mas não é boba, suspeita que a Polícia Federal fará incursões às cortes superiores da República das Bananas. Conta que um relator teve 12 milhões de motivos para inocentar um magnata da contravenção, e o deixou sangrar. A ponto de o próprio mafioso entregar o esquema, veladamente.
Apoio popular
Filial francesa no Brasil, o Instituto Ipsos foi às ruas para atestar os estragos da Operação Lava-Jato na política nacional. Para 90% dos entrevistados, as investigações devem ir até o fim, “custe o que custar”.
Ah, meu Brasil..
Apesar de ser um holofote anti-corrupção constantemente aceso, com prisões e operações em série, a Lava-Jato ainda é desconhecida por 36% dos entrevistados, que já ouviram falar, mas “não sabem de quase nada sobre a operação”.
Se vira, marqueteiro
Indagado sobre o esperado desgaste do futuro candidato Pedro Paulo (PMDB) à prefeitura do Rio, um cacique frisa: “É problema para o Renato Pereira”. Renato foi o marqueteiro das campanhas vitoriosas de Sérgio Cabral, Pezão e Eduardo Paes.
Alvo fácil
Em tempo, Pedro Paulo tem B.O. de agressão à mulher, de ameaça de ‘sumiço’ da filha e acusado de atropelamento e morte de um operário nos anos 90 – crime que prescreveu.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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