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Economia Montadoras de automóveis do mundo inteiro assustadas com as ameaças do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

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Toyota possui 15 fábricas nos Estados Unidos. (Crédito: Reprodução)

Os fabricantes de veículos compreenderam a mensagem que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, transmitiu ao setor por meio de ameaças feitas via Twitter de que as importações do México serão sobretaxadas. “América primeiro e empregos nos Estados Unidos”, resume o presidente mundial do grupo Renault / Nissan, Carlos Ghosn. Mas decidiram não bater de frente. A tendência é esperar a posse e, unidos, explicarem ao novo governante a estratégia global, que há décadas delineia os negócios nesse setor.

Mesmo assim, para um setor habituado a espalhar investimentos bilionários pelo planeta, as manifestações do presidente eleito surgem como uma grave ameaça. As ideias protecionistas de Trump chacoalharam a indústria automobilística e roubaram a cena no primeiro dia da apresentação do salão do automóvel de Detroit, em Michigan, um Estado americano tradicionalmente dominado pelos republicanos.

O presidente mundial da Ford, Mark Fields, disse que a empresa espera “um ambiente mais favorável para a indústria nos Estados Unidos” sob a administração Trump. Mesmo assim, segundo o executivo, o foco da Ford “continuará em todas as partes do mundo onde a companhia tem negócios”. “Somos uma multinacional global com muito orgulho, investimos em todas as partes do mundo onde temos negócios e continuaremos a fazer isso”, ressaltou Fields.

A Ford parecia ter cedido à pressão de Trump, que criticou as montadoras que investem fora dos Estados Unidos, principalmente no México, onde produzem veículos vendidos no país americano. No último dia 3 a montadora anunciou ter desistido de um investimento de 1,2 bilhão de dólares, anunciado para construir uma fábrica no México.

No lugar, a empresa decidiu gastar 700 milhões de dólares em uma fábrica que já existe em Flat Rock, Michigan, onde a companhia pretende produzir veículos elétricos e autônomos. Com a decisão, 700 novos empregos serão criados em Michigan, segundo Bill Ford, presidente do conselho e bisneto do fundador da companhia.

A Toyota também assumiu uma posição cautelosa e, ainda, anunciou um programa de investimentos de10 bilhões de dólares nos Estados Unidos nos próximos cinco anos. A montadora japonesa foi criticada por Trump pela decisão de construir uma segunda fábrica no México. Dias antes Trump ameaçou por meio de mensagem postada no Twitter, cobrar sobretaxa na entrada, no mercado americano, do modelo Cruze, produzido pela General Motors no México.

União.

O executivo responsável pelas operações da Toyota nos Estados Unidos, Robert Carter, disse que os fabricantes do setor tendem a unir-se para esclarecer a ação global que orienta seus negócios. “Nossa filosofia é produzir onde vendemos e não há motivos para mudar isso. Estamos ansiosos para começar a trabalhar com o novo governo. Numa indústria tão complexa globalmente precisamos trabalhar juntos para encontrar soluções.” Das 53 fábricas que a Toyota possui em 28 países, 15 estão nos Estados Unidos, onde empregam 136 mil pessoas.

O que mais amedronta as montadoras são as constantes ameaças de elevar taxas de importação de veículos e componentes, o que inviabilizaria a estratégia das companhias de produzir, no México, veículos para vender nos Estados Unidos. A Nissan é uma das maiores fabricantes de veículos no México. Ghosn diz que esperar, o início do novo governo, é a única alternativa. Em uma administração Trump os acordos bilaterais também podem estar ameaçados.

“Trabalhamos até agora com o Nafta, mas as regras podem mudar. Um acordo de livre comércio acaba quando uma das partes considera que as regras não o favorecem. Já vimos isso no tratado entre Brasil e México”, ressaltou Ghosn. (AG e Folhapress)

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