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Celebridades O mundo artístico lamenta a morte de Eva Todor, aos 98 anos

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Atriz nascida na Hungria não resistiu às complicações de uma pneumonia. (Foto: Reprodução)

A veterana atriz Eva Todor, 98 anos, morreu às 8h50min desse domingo em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, vítima de pneumonia. Diagnosticada com de mal-de-Parkinson há alguns anos, ela vivia reclusa na residência, onde recebia cuidados especiais desde setembro, após nove meses de internação hospitalar. O velório público está marcado para esta segunda-feira, das 9h às 11h, no Teatro Municipal.

Em entrevistas à imprensa e postagens nas redes sociais, colegas de profissão manifestaram pesar pelo falecimento de Eva e ressaltaram a trajetória da artista. A atriz Lucélia Santos, que trabalhou com ela na trama global “Locomotivas” (1977), relatou que vinha acompanhando o estado de saúde da amiga por meio de um conhecido próximo.

“Dona Eva era um ser humano iluminado. Ela se autodefinia como de ‘estilo Eva’ de ser, pois ninguém podia fazer o que ela fazia, que era um jeito engraçado. Era uma pessoa contagiante. Nos últimos anos e aniversários, eu me aproximei ainda mais dela, a quem estarei eternamente conectada”, emocionou-se Lucélia.

Já o ator Murilo Rosa utilizou a sua conta no Instagram para relembrar as novelas em que trabalhou com Eva Todor: “O Cravo e a Rosa”, “América”, “Caminho das Índias” e “Salve Jorge”. Segundo ele, “Eva sempre foi um amor, de sorriso marcante, carinhosa e uma grande atriz”.

A colega Gloria Pires, por sua vez, homenageou a colega de atividade com uma postagem no Twitter: “Mais uma estrela enfeitando o céu”. Ângela Leal, mãe de Leandra Leal e também atriz, relembrou que “Eva brilhou intensamente nos anos 1940, em seu palco”.

Outro que fez questão de registrar a perda foi o ator e comediante Nelson Freitas: “Eva Todor estava sempre sorrindo e todos diziam ser maravilhoso trabalhar com alguém que não deixava o bom humor atrapalhar o grande talento que sempre exibiu em todos os trabalhos. Hoje, ela nos deixou e foi fazer o céu sorrir com ela. Para nós, vai fazer falta”.

Trajetória

Com mais de 80 anos de carreira no teatro e na TV, a artista teve o seu último trabalho na TV na novela “Salve Jorge”, exibida pela Rede Globo em 2012. Nascida Eva Fódor Nolding em 9 de novembro de 1919 na Hungria, ela era filha de uma designer de moda com um próspero comerciante de tecidos finos. Todos eram muito ligados em arte e, por isso, matricularam a menina, ainda com 4 anos, na Ópera Real do país europeu, onde ela aprendeu a dançar balé clássico.

A família imigrou para o Brasil, fugindo das dificuldades pelas quais passava a Europa pós-guerra, e aqui Eva continuou as aulas de balé, com Maria Olenewa. Aos 9 anos, já havia se apresentado em espetáculo de dança solo, acompanhada de um pianista, no Teatro Municipal de São Paulo.

O início nos palcos foi por meio do balé, ainda na infância. Húngara de nascimento, Eva Todor (que tinha o sobrenome Fodor de batismo) chegou a dançar na Ópera Real de Budapeste. Filha de uma estilista e de um comerciante de tecidos, ela já mostrava talento para a vida artística, mas a realidade complicada do período entre guerras na Europa a fez fugir com a família para o Brasil, em 1929.

Por aqui, entretanto, rapidamente a pequena retomou a rotina com sapatilhas, tendo aula com a renomada Maria Olenewa. Não era à toa o envolvimento com o universo cultural. Em entrevista ao site “Memória Globo”, Eva contou que seus pais, “como bons húngaros”, achavam que toda criança deveria ter uma educação ligada à arte.

Foi por meio do contato com um crítico de teatro que surgiu a oportunidade de fazer um teste para integrar o elenco de uma peça com Dulcina de Moraes. Mas não deu certo – o português de Eva ainda era incipiente, e ela foi reprovada. Pouco tempo depois, entretanto, ela conseguiu entrar na carreira por meio do teatro de revista. Aí deslanchou.

“Fiz um sucesso muito grande e foi onde conheci meu primeiro marido, o diretor da companhia Luis Iglesias. Eu me casei aos 14 anos. Depois, ele achou que aquilo não tinha futuro e montou uma companhia de comédia para mim”, relatou em uma de suas entrevistas, lembrando que graças ao teatro resolveu “aportuguesar” seu sobrenome para Todor.

A naturalização aconteceu nos anos 1940, com a forcinha do presidente Getúlio Vargas, seu admirador. Na década seguinte, a atriz comandou um programa próprio na TV Tupi, “As aventuras de Eva”. Ali, já mostrava a aptidão para o humor que caracterizaria as suas oito décadas de carreira.

Dali para frente, a televisão foi um de seus trabalhos prediletos. Foi nas novelas e séries que ela se tornou um rosto conhecido dos brasileiros, em tramas como “Partido alto” (1984), “De Corpo e Alma” (1992) e “O Cravo e a Rosa” (2000). No cinema, fez a sua estreia ao lado de Oscarito, com “Os Dois Ladrões”, de Carlos Manga (1960). Ao todo, foram cinco longas-metragens no currículo, o último deles em 2008 (“Meu Nome Não é Johnny”).

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https://www.osul.com.br/morre-aos-98-anos-atriz-eva-todor/ O mundo artístico lamenta a morte de Eva Todor, aos 98 anos 2017-12-10
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