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Mundo Morre deputado argentino baleado em ataque próximo ao Congresso em Buenos Aires

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O deputado argentino Héctor Olivares. (Foto: Reprodução/Twitter)

Morreu no fim da tarde de domingo (12) o deputado Héctor Olivares, da União Cívica Radical, partido da base aliada do presidente Mauricio Macri. Olivares foi baleado na última quinta-feira (9) a uma quadra do Congresso Nacional.

No dia do crime, as autoridades de segurança e inclusive o presidente Mauricio Macri consideraram que o ataque havia sido político, e prometeram ir “até as últimas consequências” para descobrir as causas do ocorrido.

Depois disso, porém, evidências foram surgindo de que o alvo dos criminosos na verdade era seu acompanhante, Miguel Yadón, que morreu no próprio local, e que o motivo seria uma briga por ciúmes por conta de seu envolvimento com a filha do atacante.

Já há seis pessoas presas suspeitas do crime, todas pertencentes a um clã de ciganos, mas a conclusão do caso ainda está em aberto.

Olivares era deputado pela província de La Rioja e passou os últimos dias em estado crítico —ele passou por diversas operações no hospital Ramos Mejía.

As imagens do ataque foram reproduzidas pelas TVs locais à exaustão, por mostrarem claramente como foi o crime e as circunstâncias estranhas em que ocorreu.

Os atacantes se encontravam dentro de um carro estacionado, esperando que as vítimas, que costumavam caminhar por ali todas as manhãs, aparecessem.

Yadón, funcionário de uma estatal elétrica, era também assessor de Olivares, era casado e teria se envolvido com a filha do agressor.

As imagens mostram que Yadón morreu na hora, enquanto o criminoso deixa o carro para olhar suas vítimas.

Olivares aparece pedindo socorro e caminhando, trôpego, em busca de ajuda.

O assassino, porém, não dá um tiro de misericórdia em Olivares, apenas constata a morte de Yadón e parece se dar por satisfeito. No momento em que um policial se aproxima da cena, ele e seu acompanhante deixam o local de carro.

Biografia de Evita foi alterada para exaltar Perón, diz livro

Na semana em que Eva Perón (1919-1952) completaria cem anos, é publicado na Argentina um livro revelador, “Evita y Yo” (Evita e eu, ed. Emecé), de Manuel Penella.

O autor é filho do jornalista, escritor e diplomata espanhol Manuel Penella de Silva (1910-1969), que foi o “ghost writer” da primeira versão de “A Razão da Minha Vida”, livro atribuído à mulher de Juan Domingo Perón (1895-1974).

Penella vem a público agora para contar algo que os argentinos não sabiam: a versão original, que tinha sido escrita por seu pai a partir dos depoimentos de Evita, de Perón e da observação minuciosa feita sobre o entorno do casal, foi alterada em quase todo o seu conteúdo.

Foram tiradas partes consideradas demasiadamente reveladoras da intimidade e do pensamento da então primeira-dama e dos bastidores do poder durante o governo peronista. Em seu lugar, foram inseridos vários elogios ao presidente e general Perón.

O livro que hoje conhecemos saiu em 1951, apenas um ano antes da morte de Evita em decorrência de um câncer —a essa altura, ela já estava doente.

Penella diz crer que nem a própria Evita conheceu a versão final do livro que assina. Avidamente lido pelas mulheres peronistas, a obra foi adotada nas escolas argentinas por muitos anos.

Transformado em um panfleto doutrinário, o livro foi renegado por Penella de Silva, que não recebeu pelo trabalho e teve de passar apertos para sustentar a família até conseguir deixar a Argentina.

Até então, ele havia tido uma carreira cheia de êxitos, como correspondente na América Central, na Suíça e na Alemanha durante a Segunda Guerra. Também era autor de livros sobre a atualidade do período.

Conta o filho que o pai se sentiu atraído pela figura de Eva Perón em 1947, porque vinha se interessando pelo papel da mulher na política internacional. Por conta disso, fez as malas, rumou para o sul e aproximou-se do casal Perón, ganhando sua confiança a ponto de ser designado para a tarefa de escrever o livro.

“Com a descoberta do diagnóstico da doença de Evita e o resultado da publicação do livro imperdoavelmente alterado, ele entrou numa verdadeira depressão.”

Uma das razões pelas quais Penella de Silva ficou tão alterado é porque ele não gostava nada do general. Também afirmava que Evita era o verdadeiro motor do que considerava ser uma “revolução”.

Com as mudanças feitas por pessoas próximas a Perón, o ex-presidente argentino ficou parecido com uma figura santa. O livro se transformou em um convite para adorá-lo. Já Eva surgia quase que apenas como uma pessoa que sustentava o mito.

Para ele, se a versão original tivesse vindo a público, a imagem de Evita hoje seria outra.

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https://www.osul.com.br/morre-o-deputado-argentino-baleado-em-ataque-proximo-ao-congresso-em-buenos-aires/ Morre deputado argentino baleado em ataque próximo ao Congresso em Buenos Aires 2019-05-13
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