Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A Justiça negou o pedido de Lula para ir no funeral de um amigo

Compartilhe esta notícia:

Sigmaringa Seixas foi advogado de Lula. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Morreu nesta terça-feira (25) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o advogado e ex-deputado federal pelo Distrito Federal e constituinte Luiz Carlos Sigmaringa Seixas, aos 74 anos. Ele sofria de leucemia. Ele foi atuou na defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo relativo ao triplex no Guarujá (SP), que pediu para ir ao enterro, mas não foi autorizado.

No Twitter, o presidente Michel Temer lamentou “imensamente a morte do grande advogado e homem público, Sigmaringa Seixas”. Segundo o presidente, o ex-parlamentar era “um lutador pela democracia brasileira”.

De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Temer disponibilizou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para transportar o corpo do advogado.

O presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia, rememorou a atuação de Sigmaringa Seixas na OAB-DF, na Comissão Brasileira de Justiça e Paz e no Comitê Brasileiro de Anistia a época da ditadura cívico-militar, e classificou a trajetória de Sigmaringa de “memorável”.

Justiça nega pedido de Lula para deixar prisão e ir a funeral  

A Justiça Federal do Paraná negou o pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na tarde desta terça-feira (25), para que o petista deixe a prisão e compareça ao funeral do advogado e ex-deputado federal Sigmaringa Seixas, que morreu também nesta terça.

No pedido encaminhado à Justiça Federal do Paraná, o advogado Manoel Caetano Ferreira Filho diz que o ex-presidente era “amigo íntimo de Sigmaringa há mais de 30 anos”, e informa que o velório e o sepultamento do advogado acontecerão em Brasília nesta quarta-feira (26).

“A amizade entre o requerente e o falecido era notória, sendo que ambos foram deputados na Assembleia Constituinte, mantendo, na sequência, estreito relacionamento pessoal. Ademais, Sigmaringa atuou como advogado do requerente nos presentes autos”, afirmou Ferreira Filho.

O pedido foi protocolado às 14h03min. Às 15h12min, o juiz plantonista Vicente de Paula Ataíde Júnior negou a solicitação, alegando que a proximidade alegada pela defesa não é suficiente, por lei, para permitir a saída.

O magistrado citou o artigo 120 da Lei de Execução Penal, segundo o qual condenados que cumprem pena em regime fechado, como Lula, podem receber permissão para sair da prisão em caso de “falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão”.

Em 1980, preso pela ditadura militar por liderar greves no ABC paulista, Lula recebeu permissão para deixar a cadeia e comparecer ao sepultamento de sua mãe, Eurídice Ferreira de Melo, conhecida como dona Lindu.

Segundo reportagem da revista Piauí de setembro de 2010, Sigmaringa Seixas foi convidado por Lula em mais de uma ocasião para assumir uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), mas nunca quis virar ministro. “Eu prefiro advogar”, disse à revista. Após uma das recusas de Sigmaringa, Lula nomeou Dias Toffoli, hoje presidente do STF.

Em março de 2016, conversas do advogado com o ex-presidente foram gravadas pela Polícia Federal e divulgadas junto com dezenas de outras após autorização do então juiz Sérgio Moro – futuro ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Em um dos diálogos, de 7 de março de 2016, Lula pediu ao advogado que falasse com o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre as investigações das quais era alvo.

Segundo o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, Sigmaringa Seixas “não resistiu a um transplante de medula no Hospital Sírio-Libanês”, em São Paulo.

Luís Carlos Sigmaringa Seixas nasceu em Niterói (RJ) no dia 7 de novembro de 1944. Na década de 1970, foi advogado de presos políticos detidos pela ditadura militar (1964-1985). No começo dos anos 80, criou o Comitê Brasileiro de Anistia. O advogado também participou da política partidária. Com o fim do bipartidarismo em 1979, filiou-se ao PMDB. Em 1986, foi eleito deputado federal constituinte.

Dois anos depois, deixou o partido para se juntar ao recém-criado PSDB, legenda pela qual foi eleito para novo mandato em 1990. Em 1992, integrou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou o envolvimento do então presidente Fernando Collor com um esquema de corrupção comandado por PC Farias, que tinha sido o tesoureiro da campanha presidencial. Sigmaringa também disputou o Senado em 1994, sem sucesso.

Em 1997, Sigmaringa Seixas saiu do PSDB e se filiou ao PT, partido pelo qual disputou as eleições de 1998 para o governo do Distrito Federal como vice na chapa de Cristovam Buarque – a candidatura foi derrotada. Depois, exerceu mais um mandato como deputado federal entre 2003 e 2007. Ele deixou esposa e dois filhos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A Secretaria da Fazenda de São Paulo suspendeu o pagamento de auxílio transporte instituído pelo ex-governador Geraldo Alckmin
A parcela de brasileiros que praticam exercícios físicos aumentou 24%
https://www.osul.com.br/morreu-aos-74-anos-o-ex-deputado-sigmaringa-seixas-que-foi-advogado-de-lula-o-ex-presidente-pediu-para-ir-ao-enterro-mas-nao-foi-autorizado/ A Justiça negou o pedido de Lula para ir no funeral de um amigo 2018-12-25
Deixe seu comentário
Pode te interessar