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Por Redação O Sul | 11 de fevereiro de 2018
Depois de um sábado de muitas cores e purpurinas durante o desfile na Marechal Deodoro, neste domingo (11), foi a vez dos zumbis mostrarem a sua criatividade no carnaval de Curitiba na 11ª edição da Zombie Walk. A ideia é proporcionar uma tarde de terror, de brincadeirinha, com caracterizações à base sangue de groselha ou de catchup e penteados e fantasias inusitadas, muitas delas inspiradas em filmes com mortos-vivos.
O casal Cassandra do Nascimento, de 21 anos, e Eliane Carvalho, de 26, usou a criatividade para reviver personagens de filmes de terror – foram vestidas de noiva zumbi e Espantalho da Colheita Maldita. “Nos filmes de terror, sempre tem uma noiva para assustar um pouco. Então, misturei um pouquinho de criatividade e comprei esse vestido no brechó. Disseram lá que esse vestido é de uma noiva falecida, de 1912”, conta Cassandra. “Gosto muito de carnaval e terror em Curitiba é a melhor coisa para se divertir”, complementa Eliane.
De acordo com os organizadores, 25 mil pessoas participam do evento. Até a última atualização da reportagem, a Polícia Militar ainda não tinha divulgado um número estimado de pessoas.
A estudante Érica Souza também diz ter se inspirado em personagens do cinema. “Esta já é a sexta vez que venho. Eu, simplesmente, amo a Zombie. A minha fantasia foi inspirada no Elfo Zumbi e no Jeff The Killer”, afirma. A expectativa dos organizadores é de que pelo menos 20 mil pessoas participem do evento.
A Zombie Walk já é tradição em Curitiba e faz parte do Psycho Carnival, o carnaval alternativo, que reúne os carnavalescos que ao invés de samba, preferem uma mistura entre o punk rock do final dos anos 1970, rock and roll e o rockabilly norte-americano dos anos 50.
O autônomo Cláudio Martineli, que foi à Zombie acompanhado pela filha, diz que já comparece pela nona vez na festa. “Para mim, carnaval combina com tudo, principalmente com a Zombie Walk. Eu não curto samba, mas aqui, no meio desse povo louco, me sinto em casa”.
A concentração começou por volta das 12h na Boca Maldita, no Centro. Depois, por volta das 13h30min, os zumbis seguiram em caminhada pela Rua VX e farão uma pequena parada no Paço Municipal. Na sequência, eles vão pela Rua Riachuelo em direção à Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico. Lá, a festa segue com vários shows.
O capricho da caracterização
Muitos participantes passam horas para montar a caracterização e arrasar na festa. É o caso da família Costa Broening – segundo o pai, Charles, a família demorou 3 horas para ficar pronta. “É muito legal ver a reação das pessoas. Nós viemos de ônibus, de Almirante Tamandaré, e fizemos sucesso. Tinha muita gente admirando, olhando. Até as crianças se assustaram, mas depois explicamos”, diz o pai.
Charles também afirma que, para ele, carnaval combina muito com zumbis. “É o melhor carnaval de Curitiba. Pra nós, carnaval é diversão em família”, comenta.
Como começou
A primeira Zombie Walk foi em outubro de 2003, em Toronto, no Canadá, com a participação de pessoas que se inspiraram em filmes de terror com personagens de zumbis. A ideia, segundo os organizadores, sempre foi fazer do medo a principal diversão do carnaval.