Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 18 de março de 2017
O MPF (Ministério Público Federal) entrou com um recurso contra a decisão da Justiça de converter a prisão preventiva de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral em prisão domiciliar. O despacho do juiz Marcelo Bretas concedeu a ex-primeira dama o direito de responder ao processo no apartamento do casal no Leblon, na Zona Sul do Rio.
O juiz entendeu que os filhos deles, que têm 11 e 14 anos, não podem ficar sem o pai e sem a mãe ao mesmo tempo. No entanto, a data para Adriana deixar o presídio ainda não foi marcada. Para isso, várias exigências devem ser cumpridas por determinação da Justiça. A ex-primeira-dama não poderá ter telefone celular e nem acesso à internet. Ela só poderá sair de casa em caso de doença.
Adriana também só poderá receber visitas de parentes e advogados. A PF (Polícia Federal) está autorizada a fazer uma varredura no apartamento sem aviso prévio.
Mas os procuradores argumentam que essa fiscalização é difícil de ser realizada e que, apesar da precaução de evitar acesso à internet, é grande o risco de Adriana movimentar o patrimônio oculto por Cabral.
O MPF alega ainda que a revogação da prisão preventiva da ex-primeira-dama do Rio para prisão domiciliar representa um tratamento diferenciado em relação às milhares de mães presas, que não são beneficiadas pela mesma medida.
Na argumentação, os procuradores dizem que os fundamentos que levaram Adriana à prisão permanecem os mesmos, sem qualquer fato novo que tenha alterado o estado das coisas em relação a ela.
O advogado de Adriana disse que vai se pronunciar quando tomar conhecimento do recurso do MPF. A defesa de Cabral declarou que só vai se manifestar nos autos do processo.