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Mundo Muçulmanos pediram que a Nike pare de vender tênis por “desrespeito ao islã”

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Autora pede recall do modelo Air Max 270 por 'blasfêmia' em logo que, segundo ela, parece com palavra em árabe. (Foto: Reprodução)

A Nike enfrenta pressão por parte de muçulmanos para parar de vender uma de suas principais marcas de tênis: o Air Max 270.

Um abaixo-assinado on-line criado por Saiqa Noreen pede que a marca americana retire o calçado do catálogo por ofender o islamismo. Segundo os críticos, a Nike produziu o novo Air Max 270 com parte do logotipo na sola, quando virado de cabeça para baixo, parecido  com a palavra “Alá” (Deus), escrita em árabe.

“É ultrajante e chocante que a Nike permita o nome de Deus em um sapato. Isso é desrespeitoso e extremamente ofensivo para os muçulmanos e insultante ao islã. O islã ensina compaixão, bondade e justiça para com todos”, diz a petição.

Noreen descreve o ato como uma blasfêmia. “Certamente [o nome de Deus] será pisoteado, chutado e sujo com lama ou qualquer outra sujeira.”

A petição já conta com mais de 22 mil assinaturas até a publicação deste texto — a meta é chegar a 25 mil.

Segundo a Nike, o novo logotipo foi projetado para ser uma representação estilizada da marca registrada Air Max e destina-se a refletir apenas a marca Air Max. “Qualquer outro significado ou representação percebido não é intencional”, diz em comunicado.

“A Nike respeita todas as religiões e levamos as preocupações dessa natureza a sério”, continua o comunicado da empresa.

Na loja oficial, os modelos da linha disponíveis custam no mínimo R$ 510.

A Nike enfrentou um problema semelhante em 1997. O Conselho de Relações Americano-Islâmicas protestou contra o logotipo da empresa em certos calçados esportivos, dizendo que se assemelhava à palavra “Alá” na escrita árabe. Na época, a Nike disse que lamentava qualquer mal-entendido, explicando que o logotipo deveria parecer com uma flama e acabou promovendo um recall da linha de calçados.

Polêmicas

Em 2018, a polêmica que provocou um boicote a produtos da Dolce &Gabbana na China, após uma campanha publicitária mostrar uma modelo chinesa tendo dificuldades para comer pizza com hashis (os palitinhos orientais), não é a primeira a envolver grandes marcas.

Não é incomum um gerente de marketing achar que é uma grande ideia fazer brincadeiras com estereótipos culturais – e invariavelmente isso leva a acusações de insensibilidade ou racismo. Às vezes, profissionais da matriz não entendem o que podem causar ofensa em um outro país. Em outras ocasiões, o anúncio simplesmente não é engraçado – em qualquer lugar.

A rápida expansão econômica da China fez do país uma mina de ouro para as marcas ocidentais – e também, um terreno minado para desastres de marketing. No início deste ano, a Mercedes teve de pedir desculpas após citar o Dalai Lama – líder espiritual tibetano que é visto como uma ameaça por Pequim – em um post no Instagram dirigido para a China.

A Gap lançou uma camiseta com um mapa da China em que deixava de fora os territórios reivindicados por Pequim. Referências a Taiwan e ao Tibete como nações também causaram constrangimento à Zara, à rede hoteleira Marriott e à Delta Air Lines.

 

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https://www.osul.com.br/muculmanos-pediram-que-a-nike-pare-de-vender-tenis-por-desrespeito-ao-isla/ Muçulmanos pediram que a Nike pare de vender tênis por “desrespeito ao islã” 2019-01-31
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