Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de março de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A alegação de que não vai haver mudanças imediatas é balela. Ligado ao chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, o novo ministro da Justiça, Wellington César, vai substituir neste mês sete diretorias da pasta e trocar o comando de um dos principais departamentos da PF (Polícia Federal). No ministério, a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, já entregou o cargo na sexta-feira. Na Polícia, ele troca o comando da Logística, responsável pela inteligência das operações sigilosas. O atual diretor-geral da PF, Leandro Daiello, fica até agosto por causa dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Vem mais!
O plantão, no domingo, do ministro Teori Zavascki no STF (Supremo Tribunal Federal) e o desembarque de cem policiais federais em quatro capitais, desde sábado, apontam que vem forte operação da PF.
O Bunker
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) fez a delação numa sala-bunker, à prova de som, no Ministério Público Militar, em Brasília. Foi a mesma onde passou o empresário Ricardo Pessoa, da UTC.
Ataduras
Após o depoimento de Luiz Inácio Lula da Silva sob condução, na mesma sexta-feira, o PT encomendou uma pesquisa sobre a popularidade do ex-presidente e do partido, para saber o tamanho do estrago.
Verde vermelhou
Secretário de Turismo de Geraldo Alckmin (PSDB), o deputado federal Roberto de Lucena troca o PV pelo PDT, leva 20 prefeitos paulistas juntos e um colega de Câmara, Evair Melo (ES).
Plantão Fiesp
Presidente da Fiesp, Paulo Skaf convocou os diretores e conselheiros para uma reunião de emergência hoje, sobre a crise no País. A turma já fez uma prévia por telefone.
Delcídio X Cardozo
Relações para lá de pessoais estariam por trás do vazamento da delação premiada do ex-líder do governo. Há 11 anos, Delcídio iniciou relação tempestuosa com José Eduardo Cardozo. À época, Delcídio presidia a CPI dos Correios e o então deputado Cardozo era sub-relator de Contratos da mesma comissão. A ordem era colaborar o mínimo possível um com o outro.
Em Brasília, 23h
A delação bombástica de Delcídio chegou ao Palácio às 23h de quarta-feira. Nove horas antes de vir a público. O ministro da Secretaria da Comunicação, Edinho Silva, convocou os líderes do Congresso para orientá-los a desqualificar as denúncias.
Pimenta nos outros…
Foi com um sorriso breve e sarcástico que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu ao conteúdo devastador da delação de Delcídio. “Não li tudo ainda, mas pelo que vi… é grave, muito grave.”
Eu fico
Assediado por duas legendas nesta “janela”, PP e PTB, o deputado federal Laerte Bessa (PR-DF), da bancada da bala, disse: “Não, muito obrigado”. O PR lhe dá boa projeção.
O Mistério Janene
Um dos principais personagens do mensalão do PT, o ex-deputado José Janene é dado como morto desde 2010. Mas ocorridos financeiros lançam mistério. Desde 2015, precatórios de uma prefeitura de Rondônia são pagos mensalmente a dois advogados que representavam uma empresa de Janene – são R$ 60 mil cada, apurou a coluna.
Segue o filme
Uma tia de Janene na Europa estaria repassando mensalmente valores para contas no Líbano. Completam o script o fato de Alberto Youssef ter retirado o corpo dele do IML, ninguém ter visto o féretro no velório e a CPI da Petrobras ter sido impedida de pedir exumação.
Batalha verbal
Os deputados Rubens Bueno (PR), líder do PPS, e Sílvio Costa (PTB-PT), vice-líder do governo, têm travado embates verbais diários, cara a cara ou à distância. “O único caminho para Dilma é a renúncia”, bateu Bueno. “Dilma é mulher honrada”, diz Costa.
Ex-amiga é f…!
Antes unha e carne com o líder Delcídio, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) detona o ex-amigo. “Não procedem [as denúncias]. O que procede é que Delcídio está muito abalado emocionalmente. Desde que foi preso, não consegue manter a coerência.”
Gringo, o elo
O crime organizado virou uma multinacional na América Latina. Detido no Paraguai há dois anos com documentos falsos, Carlos Orlando Messina Vidal, o Gringo, foi descoberto agora como membro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e elo com o Comando Vermelho.
Ponto Final
“É um olho no peixe, outro no gato.” Do senador Telmário Mota (PDT-RR), sobre o momento do governo Dilma Rousseff e a crise econômica.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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