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Brasil A mulher de Eduardo Cunha negocia delação premiada para se blindar e ajudar o marido

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A jornalista foi acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. (Foto: Reprodução)

Acusada pelo MPF (Ministério Público Federal) de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas, mas absolvida pelo juiz Sérgio Moro, a mulher do ex-deputado Eduardo Cunha, jornalista Cláudia Cruz, se ofereceu para fazer delação premiada e complementar as informações que estão sendo dadas pelo marido à PGR (Procuradoria-Geral da República). A informação é da revista Veja deste fim de semana.

Além de reforçar os argumentos de Cunha, com o objetivo de que o MPF não volte atrás em eventuais benefícios que serão concedidos ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, preso desde novembro do ano passado, a defesa do casal quer também blindar a jornalista contra outras investigações que ainda estão em andamento. Uma delas apura esquema criminoso para receber recursos por meio de um contrato de empréstimo simulado com uma igreja evangélica pertencente a um ex-deputado aliado de Cunha.

Outra investigação contra Cláudia Cruz apura o recebimento de forma suspeita de dinheiro de uma empresa do grupo Lira, que doou recursos para o PMDB e operou um terminal no Porto de Santos.

Absolvição

Na sentença de absolvição de Cláudia, o juiz Moro afirmou que não há provas da participação da jornalista nos crimes praticados pelo peemedebista. “Embora tal comportamento seja altamente reprovável, ele leva à conclusão de que a acusada Cláudia Cordeiro Cruz foi negligente quanto às fontes de rendimento do marido e quanto aos seus gastos pessoais e da família. Não é, porém, o suficiente para condená-la por lavagem dinheiro”, escreveu o magistrado.

Recentemente, o Ministério Público Federal havia pedido que Cláudia Cruz cumprisse pena fechado, tendo em conta a que a jornalista tinha consciência dos crimes e é a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior em um montante superior a 1 milhão de reais num prazo de sete anos, entre 2008 e 2014.

Os procuradores pediam que Cláudia pagasse como reparação dos danos materiais e morais causados US$ 1.061.650,00, valor mantido pela ré no exterior sem declaração, mais cerca de US$ 1,2 milhão que seria a quantia envolvida nos crimes de lavagem. O MPF sustentava ainda que este valor foi recebido de contas do ex-deputado Eduardo Cunha.

A denúncia havia sido aceita pelo juiz Sérgio Moro em junho do ano passado. À época, Cunha afirmou que as contas de Cláudia no exterior estavam “dentro das normas da legislação brasileira”, que foram declaradas às autoridades e que não foram abastecidas por recursos ilícitos. Porém, as investigações apontaram que o valor é totalmente incompatível com os salários e o patrimônio lícito do ex-deputado e acrescentam que “por meio da mesma conta Köpek a acusada também se favoreceu de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão que seu marido recebeu para ‘viabilizar’ a aquisição, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011”.

Na ação contra Cunha, o MPF pede reparação do dano causado ao erário da Petrobras, que equivaleria a 35 milhões de reais, perda dos valores obtidos ilicitamente e depositados em contas no exterior, estimados em mais de 20 milhões de reais, multa civil de três vezes este valor, suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público por 10 anos.

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https://www.osul.com.br/mulher-de-eduardo-cunha-negocia-delacao-premiada-para-se-blindar-e-ajudar-o-marido/ A mulher de Eduardo Cunha negocia delação premiada para se blindar e ajudar o marido 2017-08-12
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