Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2015
A mãe que tomou veneno após saber da morte do filho de 4 anos por picada de escorpião, Natália Fernandes Balieiro, 29 anos, teria sido obrigada pelo marido a ingerir a substância, segundo o advogado dela, Élcio Padovez. Ela prestou depoimento à polícia em Macaubal, em São Paulo. “A Natália é inocente no episódio. Ela não contribuiu em nada para o esposo tomar veneno. Portanto, está provado que ela é inocente. Ela não forçou ninguém a tomar veneno e foi forçada a tomar”, frisou Padovez.
Coação do marido.
Abalada, Natália chegou à delegacia acompanhada dos pais e do advogado e não quis dar entrevista. O depoimento dos três durou cerca de três horas. Eles contaram ao delegado o que aconteceu na fazenda da família no dia em que tomaram o veneno. “Ele preparou os dois copos e mandou a Natália beber o veneno. Ela sabia que estava bebendo veneno e a mando dele ainda, que estava com uma arma, uma espingarda na mão. Ele a forçou a beber o veneno”, descreveu o advogado.
Filho morreu em decorrência de uma picada de escorpião.
De acordo com o delegado Luciano Birolli Sanches Teres, depois que os dois ficaram sabendo da morte do filho, o pai da criança, Lucas Sanches da Silva, 40, levou Natália até a fazenda em Ibirá, em São Paulo, e preparou dois copos com veneno para eles tomarem. Depois que ela ingeriu o veneno é que o marido tomou. Ainda segundo o delegado, Natália reforçou que o filho de 4 anos morreu depois de ser picado por um escorpião.
Desespero.
O que chamou a atenção da polícia foi Natália dizer que foi obrigada pelo marido a tomar veneno. A polícia aguarda o resultado do exame de perícia que pode comprovar se o menino morreu mesmo pela picada do escorpião. “A paixão e o amor dele pelo menino era tão grande que lhe causou um desespero, e queria que fosse a família inteira [morta] junto. Então, ele a obrigou a tomar o veneno e se não tomasse a mataria com a espingarda. Segundo a mãe, ele era tão apaixonado pelo menino que não dava uma bronca ele, só pensava no filho”, acrescentou o delegado. (AG)