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Ciência A mulher já nasce com todo o seu estoque de óvulos para a vida toda. Entenda como isso acontece

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Perda de óvulos durante a vida reprodutiva costuma estar ligada à genética familiar. (Foto: Reprodução)

É provável que pouca gente saiba, mas as mulheres já nascem com um estoque de óvulos para toda a sua vida fértil toda. E, ao chegarem à menopausa, já perderam todo o seu estoque de óvulos, perdendo assim a capacidade de engravidar naturalmente.

Por volta da 16ª à 20ª semana de gestação, o feto feminino possui o número máximo de óvulos que terá durante a sua vida. Neste período, há aproximadamente 6 a 7 milhões de óvulos. Depois, esse número começa a cair de forma progressiva. De acordo com o médico Daniel Zylbersztejn, especialista em reprodução humana da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), ao nascer a mulher já perdeu 80% da totalidade dos seus óvulos.

“Ao iniciar a puberdade, restam de 300 mil a 500 mil óvulos”, afirma o médico. Durante os próximos 30 a 40 anos de vida reprodutiva, aproximadamente 400 a 500 deles serão selecionados para serem ovulados. Nos últimos dez a 15 anos da vida reprodutiva feminina, antes de entrar na menopausa, acelera-se a perda do número de óvulos e a qualidade deles também diminui.

Ao se aproximar da menopausa, os ciclos menstruais tendem, inicialmente, a ficar mais curtos e, posteriormente, mais longos. Inicia-se o período onde ocorrem as falhas de ovulação, chegando o tempo em que a mulher deixará definitivamente de menstruar e de ovular.

Genética

A perda de óvulos durante a vida reprodutiva é, em geral, determinada pela genética familiar. “A mãe que parou de menstruar antes dos 40 anos pode servir como um alarme para a filha que, depois dos 30 anos, ainda não engravidou, pois neste caso há uma chance dessa filha perder precocemente seu potencial reprodutivo e apresentar dificuldades para engravidar naturalmente após os 35 anos”, afirma o médico.

Exames de sangue e ultrassom transvaginal são instrumentos que a medicina dispõe para conferir o potencial fértil de cada mulher. Ter uma vida saudável, com a realização de exercícios regulares, alimentação equilibrada e boas horas de sono de qualidade ajudam a manter o potencial fértil.

De acordo com Zylbersztejn, o tabagismo é um dos maiores vilões para a vida reprodutiva feminina. “Mulheres que fumam ou que convivem com tabagistas podem ter a vida útil reprodutiva reduzida em até quatro anos, justamente por conta da perda dos óvulos”, alerta.

Reposição

Zylbersztejn, não existe atualmente nenhum tratamento para repor o estoque de óvulos perdidos pelas mulheres ao longo da vida. “Recentemente, com o avanço da reprodução assistida, aquelas mulheres em idade fértil que se submeteram a algum tratamento oncológico com quimioterapia e radioterapia apresentam alternativas para preservação da sua fertilidade futura, pois se sabe que esses tratamentos podem levar a mulher à menopausa precoce”, explica.

Tendo isso em vista, o congelamento de óvulos e até mesmo de tecido ovariano antes de tratamentos oncológicos podem ajudar a restaurar o potencial fértil feminino no futuro. “Existem alguns casos no mundo em que mulheres na menopausa precoce, por conta de tratamentos oncológicos, receberam de volta seu próprio tecido ovariano congelado e engravidaram naturalmente ou por técnicas de reprodução assistida”, ressalta.

 

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https://www.osul.com.br/mulher-ja-nasce-com-todo-o-seu-estoque-de-ovulos-para-vida-toda-entenda-como-isso-acontece/ A mulher já nasce com todo o seu estoque de óvulos para a vida toda. Entenda como isso acontece 2017-10-18
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