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Por Redação O Sul | 2 de maio de 2017
A pílula é um dos anticoncepcionais mais usados pelas mulheres que querem ter relações sexuais sem engravidar. Em pesquisa realizada pelo site E+, do Grupo Estado, com 372 mulheres, 66,4% optam por um método hormonal e, delas, 198 usam pílula. Apesar disso, é possível notar uma mudança de comportamento das mulheres: muitas não gostam do anticoncepcional via oral, outras preferem não ter nenhum tipo de hormônio no corpo.
Entre as entrevistadas que não utilizam nenhum método contraceptivo, 125 mulheres, 77,6% já usaram. A maioria usava pílula e o motivos mais frequentes para terem deixado de lado foram as mudanças provocadas no corpo pelo anticoncepcional.
Mas por que se criou tanta resistência em relação à pílula? De acordo com a ginecologista Regina Ares um dos motivos é o fato de o anticoncepcional via oral ter duas passagens pelo fígado, o que causa mais efeitos colaterais. Métodos como adesivo, DIU Mirena, anel vaginal e injeção passam pelo corpo apenas uma vez.
A médica explica, no entanto, que cada mulher tem um efeito diferente com o contraceptivo via oral. “Nem todo mundo que toma pílula tem os mesmos efeitos. Achar o ideal é tentativa e erro, a paciente tem de experimentar o método por pelo menos quatro meses. O método vai sendo trocado conforme os efeitos colaterais”, explica.
Jurandir Passos, ginecologista do laboratório Alta, relata que o mais incomoda suas pacientes é o inchaço, dores de cabeça que algumas mulheres têm com anticoncepcional e o escape menstrual. (Anita Efraim/AE)